ATA DA NONAGÉSIMA SEGUNDA SESSÃO ORDINÁRIA DA
SEGUNDA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUARTA LEGISLATURA, EM
08-11-2006.
Aos oito dias do mês de novembro do ano de dois mil
e seis, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara
Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi realizada a
segunda chamada, respondida pelos Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni,
Bernardino Vendruscolo, Carlos Todeschini, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão,
Ervino Besson, Haroldo de Souza, Ibsen Pinheiro, João Antonio Dib, Luiz Braz,
Maria Celeste e Maristela Maffei. Constatada a existência de quórum, o Senhor
Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram
os Vereadores Alceu Brasinha, Almerindo Filho, Carlos Comassetto, Cassiá
Carpes, Dr. Goulart, Elias Vidal, Elói Guimarães, João Carlos Nedel, José
Ismael Heinen, Margarete Moraes, Mario Fraga, Maristela Meneghetti, Mônica
Leal, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro, Paulo Odone, Professor Garcia, Raul Carrion,
Sebastião Melo, Sofia Cavedon; Valdir Caetano e Zé Valdir. À MESA, foram
encaminhados: pelo Vereador Aldacir Oliboni, o Pedido de Providência nº 1922/06
(Processo nº 5246/06); pelo Vereador Bernardino Vendruscolo, os Pedidos de
Providência nos 1923 e 1924/06 (Processos nos 5247 e
5248/06, respectivamente); pelo Vereador Cassiá Carpes, o Pedido de Providência
nº 1925/06 (Processo nº 5259/06); pelo Vereador Elói Guimarães, o Projeto de
Resolução nº 091/06 (Processo nº 5134/06); pelo Vereador João Carlos Nedel, o
Substitutivo nº 01 ao Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 023/06
(Processo nº 4412/06). Do EXPEDIENTE, constaram os Ofícios nos
10886213, 10886214, 10886215, 10886216, 10886217 e 10886218/06, do Fundo
Nacional de Saúde do Ministério da Saúde. Em PAUTA, Discussão Preliminar,
estiveram: em 1a Sessão, o Projeto de Resolução n° 014/05; o Projeto
de Lei Complementar do Legislativo nº 014/06, discutido pelo Vereador
Bernardino Vendruscolo e pela Vereadora Maristela Maffei; o Substitutivo nº 01 ao
Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 015/06, discutido pelo Vereador
Luiz Braz; o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 010/06; o Projeto de
Lei do Legislativo nº 086/06, discutido pelo Vereador Claudio Sebenelo e pela
Vereadora Maristela Maffei; o Projeto de Lei do Executivo nº 048/06, discutido
pelo Vereador Carlos Todeschini; em 2a Sessão, o Projeto de Lei
Complementar do Executivo nº 009/06; o Projeto de Lei do Legislativo nº 215/06.
Na ocasião, a Vereadora Maristela Maffei manifestou-se acerca da aprovação, ontem,
pela Comissão Especial do Senado Federal que analisou a Proposta de Emenda à
Constituição n° 536/97, da criação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da
Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação – FUNDEB. Em
COMUNICAÇÃO DE LÍDER, a Vereadora Maristela Maffei avaliou a possível divisão
da Secretaria da Justiça e da Segurança do Rio Grande do Sul, alegando que a
medida não representa uma solução plausível nem definitiva para resolver os problemas
de segurança no Estado. Nesse sentido, afirmou que novas medidas devem ser
implementadas, sugerindo mais investimentos em áreas sociais como a habitação e
defendendo a participação desta Casa nas discussões sobre o tema. O Vereador José
Ismael Heinen protestou contra a impossibilidade de o Partido da Frente Liberal
se manifestar em Comunicação de Líder durante a última Sessão Ordinária, em virtude
do encerramento da referida Sessão. Além disso, questionou a imposição de idade
mínima para a aposentadoria e analisou dados referentes ao déficit da Previdência
Social, criticando o fato de que o Senhor Luiz Inácio Lula da Silva, Presidente
da República, teria se aposentado aos cinqüenta e um anos de idade. A Vereadora
Margarete Moraes discutiu criticamente as ações implementadas ontem pela Prefeitura
Municipal a fim de desocupar cinco famílias residentes irregularmente na Rua
Otto Ernst Meyer, no Bairro Cidade Baixa. Nesse contexto, listou as
providências adotadas pela Comissão de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e
Segurança Urbana no sentido de intermediar essa situação, sustentando que não
houve, nesse caso, os devidos entendimentos entre as Secretarias Municipais. O
Vereador Raul Carrion criticou a atuação do Governo Municipal durante a remoção
de famílias de área localizada na Rua Otto Ernst Meyer, afirmando que o
Departamento Municipal de Habitação agiu de forma a dificultar as ações da
Comissão de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Segurança Urbana nesse
episódio. Ainda, informou que foi decidido, em reunião com o Senhor Prefeito
Municipal, que serão sustadas ações dessa natureza com outras famílias
residentes nessa área. O Vereador João Antonio Dib descartou o posicionamento
de Vereadores de oposição ao Governo Municipal em relação à remoção de moradores
de terreno na Rua Otto Ernst Meyer, argumentando que quando o PT estava na
Prefeitura Municipal, esses Parlamentares não se posicionaram de forma
semelhante em relação a ações de mesma natureza. Além disso, opinou que o
Departamento Municipal de Habitação não tomaria essa atitude sem negociação
prévia com as famílias envolvidas. A seguir, constatada a existência de quórum
deliberativo, foi aprovado Requerimento de autoria da Vereadora Manuela
d'Ávila, solicitando Licença para Tratar de Interesses Particulares nos dias
oito e treze de novembro do corrente, tendo a Senhora Presidenta declarado
empossado na vereança, hoje, o Suplente Zé Valdir, informando que Sua
Excelência integrará a Comissão de Educação, Cultura, Esportes e Juventude. Na
oportunidade, foram apregoadas Declarações firmadas pela Vereadora Sofia Cavedon,
Líder da Bancada do PT, informando o impedimento dos Suplentes Marcelo Danéris,
Guilherme Barbosa, Gerson Almeida e Mauro Pinheiro em assumirem a vereança nos
dias oito e treze de novembro do corrente, em substituição à Vereadora Manuela
d'Ávila. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Luiz Braz, corroborando o pronunciamento
do Vereador João Antonio Dib, em Comunicação de Líder, criticou a postura de
Vereadores de oposição ao Governo Municipal sobre a remoção de famílias de
terreno da Prefeitura, ocorrida hoje. Nesse contexto, prestou esclarecimentos
acerca dos trâmites judiciais de processos dessa natureza, conclamando os Vereadores
a produzirem modificações na legislação, de forma a garantir o acesso à moradia
para a toda a população. O Vereador Nereu D'Avila reportou-se à notícia divulgada hoje na imprensa, sobre criança
atacada por um cachorro da raça pitbull no Município de Pelotas. Sobre o assunto, mencionou a Lei
Municipal nº 8.871/02, que dispõe sobre a
condução de animais da espécie canina, proibindo a circulação, em locais públicos
caracterizados por aglomerações populares, de cães considerados de guarda, de
combate ou que se destaquem por características como força e agressividade. Em TEMPO DE PRESIDENTE, o
Vereador Dr. Goulart discorreu
sobre o movimento grevista empreendido pelos médicos residentes em nível
nacional, em busca do reajuste da bolsa-auxílio que recebem e por melhores
condições de trabalho, avaliando
a importância desses profissionais junto ao Serviço Único de Saúde. Ainda, apoiou as reivindicações da
categoria, salientando que a
população usuária do sistema público de saúde tem direito a um atendimento
médico qualificado. A seguir, constatada a existência de quórum, foi iniciada a
ORDEM DO DIA. Após, o Senhor Presidente informou que, em conformidade com o
artigo 139 do Regimento, no dia treze de novembro do corrente, às quatorze
horas e trinta minutos, comparecerão neste Legislativo a Senhora Rosane Zottis
Almeida, Secretária do Planejamento Municipal, e o Senhor Beto Moesch,
Secretário Municipal do Meio Ambiente, para explanação relativa à construção,
em Porto Alegre, do Teatro da Fundação Orquestra Sinfônica de Porto Alegre –
OSPA. Em continuidade, foi aprovado Requerimento verbal formulado pelo Vereador
Dr. Goulart, solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria constante
na Ordem do Dia, conforme definido pelo Colégio de Líderes. Também, foram
apregoadas as seguintes matérias: a Emenda nº 01, de autoria do Vereador Raul
Carrion, Líder da Bancada do PCdoB, e da Vereadora Maria Celeste, ao Projeto de
Resolução nº 125/05 (Processo nº 5244/05); Requerimentos de autoria dos
Vereadores Raul Carrion e João Carlos Nedel, deferidos pelo Senhor Presidente,
solicitando votação em destaque, respectivamente, para a Emenda nº 01 e para o
artigo 2º do Projeto de Resolução nº 125/05; e Requerimento de autoria da
Vereadora Sofia Cavedon, deferido pelo Senhor Presidente, solicitando que o
Projeto de Lei do Legislativo nº 207/06 (Processo nº 4746/06) seja incluído na
Ordem do Dia, nos termos do artigo 81 da Lei Orgânica do Município. Ainda, foi
aprovado Requerimento de autoria do Vereador Raul Carrion, solicitando que a
Emenda nº 01, aposta ao Projeto de Resolução nº 125/05, seja dispensada do
envio à apreciação de Comissões Permanentes. Na oportunidade, em face de
Questão de Ordem e manifestações formuladas pelos Vereadores João Antonio Dib e
Mario Fraga, o Senhor Presidente prestou esclarecimentos acerca do artigo 139
do Regimento, referente ao comparecimento de Secretários Municipais neste
Legislativo. Também, o Senhor Presidente registrou a presença, neste Plenário,
do menino Gabriel Rossoni Goulart, neto de Sua Excelência. Em Discussão Geral e
Votação, foi aprovado o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 005/06, por
vinte e seis votos SIM, em votação nominal solicitada pelo Vereador Dr.
Goulart, tendo votado Sim os Vereadores Adeli Sell,
Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Carlos Comassetto,
Carlos Todeschini, Cassiá Carpes, Clênia Maranhão, Elias Vidal, Elói Guimarães,
Ervino Besson, Haroldo de Souza, Ibsen Pinheiro, João Antonio Dib, João Carlos
Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Margarete Moraes, Maria Celeste, Mario
Fraga, Mônica Leal, Neuza Canabarro, Paulo Odone, Raul Carrion, Sofia Cavedon e
Zé Valdir. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo
nº 018/06, por vinte e sete votos SIM, após ser discutido pelo Vereador João
Antonio Dib, em votação nominal solicitada pelo Vereador Dr. Goulart, tendo votado
os Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Bernardino Vendruscolo,
Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Cassiá Carpes, Claudio Sebenelo, Clênia
Maranhão, Dr. Goulart, Elias Vidal, Elói Guimarães, Ervino Besson, Haroldo de
Souza, Ibsen Pinheiro, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen,
Luiz Braz, Margarete Moraes, Maria Celeste, Mario Fraga, Mônica Leal, Paulo Odone,
Raul Carrion, Sofia Cavedon e Zé Valdir. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado
o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 002/06, por vinte e seis votos
SIM, em votação nominal solicitada pelo Vereador Dr. Goulart, tendo votado os
Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Carlos Comassetto, Carlos
Todeschini, Cassiá Carpes, Clênia Maranhão, Dr. Goulart, Elias Vidal, Elói
Guimarães, Ervino Besson, Haroldo de Souza, Ibsen Pinheiro, João Antonio Dib,
João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Margarete Moraes, Maria Celeste,
Mario Fraga, Mônica Leal, Neuza Canabarro, Paulo Odone, Raul Carrion, Sofia
Cavedon e Zé Valdir. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi aprovado o Projeto
de Lei do Legislativo nº 151/06, por trinta votos SIM, após ser encaminhado à
votação pelos Vereadores Mario Fraga e Claudio Sebenelo e pela Vereadora Mônica
Leal, tendo votado os Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni,
Bernardino Vendruscolo, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Cassiá Carpes,
Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Dr. Goulart, Elias Vidal, Elói Guimarães,
Ervino Besson, Haroldo de Souza, Ibsen Pinheiro, João Antonio Dib, João Carlos
Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Margarete Moraes, Maria Celeste, Mario
Fraga, Maristela Maffei, Maristela Meneghetti, Mônica Leal, Nereu D'Avila,
Neuza Canabarro, Raul Carrion, Sofia Cavedon e Zé Valdir. Em Discussão Geral e
Votação Nominal, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 146/06, por
vinte e nove votos SIM, tendo votado os Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni,
Bernardino Vendruscolo, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Cassiá Carpes,
Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Dr. Goulart, Elias Vidal, Elói Guimarães,
Ervino Besson, Haroldo de Souza, Ibsen Pinheiro, João Antonio Dib, João Carlos
Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Margarete Moraes, Mario Fraga, Maristela
Maffei, Maristela Meneghetti, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro, Raul
Carrion, Sebastião Melo, Sofia Cavedon e Zé Valdir. Em Discussão Geral, 1ª
Sessão, esteve o Projeto de Resolução nº 125/05. Após, foi aprovado
Requerimento verbal formulado pela Vereadora Clênia Maranhão, solicitando
alteração na ordem de apreciação da matéria constante na Ordem do Dia, tendo se
manifestado sobre o assunto o Vereador Haroldo de Souza. Em Discussão Geral e
Votação, esteve o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 010/03, o qual, após ser discutido
pelos Vereadores Aldacir Oliboni, Sebastião Melo, Carlos Todeschini, Carlos
Comassetto, João Antonio Dib, Raul Carrion, Mario Fraga, José Ismael Heinen,
Maristela Maffei, Cassiá Carpes e Ervino Besson, teve sua discussão adiada por
uma Sessão, a Requerimento, aprovado, de autoria do Vereador Aldacir Oliboni.
Na ocasião, o Vereador Sebastião Melo manifestou-se acerca do teor do Projeto
de Lei Complementar do Legislativo nº 010/03. Também, o Senhor Presidente registrou as
presenças, neste Plenário, do Vereador Manoel Antunes Neto, do PDT, da Câmara
Municipal de Palmares do Sul – RS –; do Compositor Nilo Feijó; da Senhora Isa
Marina dos Santos Quadros, ex-Vereadora do PDT, da Câmara Municipal de
Cachoeirinha – RS –; dos Vereadores Ronei Paulo Oliboni, do PSB, Juvenil Luiz
Marcon, do PSDB, Luiz Domingos Salvador, do PDT, e Osmar Francisco Betiatto, do
PMDB, da Câmara Municipal de Sananduva – RS –; do Jornalista Horácio Gomes,
Assessor de Imprensa da Câmara Municipal de Rio Grande – RS –; dos Vereadores
Luiz Fernando da Silva, do PP, e Claudio Luís Schroder Vitória, do PDT, da
Câmara Municipal de Capão do Leão; e do Vereador Paulo Roberto Vieira, do PDT,
da Câmara Municipal de Jaguarão – RS. Ainda, foi apregoado o Memorando nº
223/06, firmado pelo Vereador Dr. Goulart, Presidente da Câmara Municipal de
Porto Alegre, por meio do qual Sua Excelência informa que o Vereador Adeli Sell
se encontra representando externamente este Legislativo no Grupo de Trabalho
sobre Livre Orientação Sexual, na Secretaria Municipal de Direitos Humanos e
Segurança Urbana, no dia de hoje, a partir das dezessete horas. Na
oportunidade, o Senhor Presidente convidou os presentes para a Audiência Pública
a ser realizada amanhã nesta Câmara, a partir das nove horas, destinada a debater o recolhimento de lixo
reciclável feito por carroceiros e papeleiros na Cidade, conforme Requerimento
da Associação dos Moradores, Carroceiros e Papeleiros da Ilha Grande dos
Marinheiros – AMAPAG (Processo nº 5049/06). Em prosseguimento, foram aprovados
os seguintes Requerimentos: de autoria do Vereador Raul Carrion, solicitando o
adiamento, por uma Sessão, da discussão do Projeto de Lei do Legislativo nº
041/06; de autoria da Vereadora Margarete Moraes, solicitando o adiamento, por
duas Sessões, da discussão do Projeto de Lei do Legislativo nº 179/05. A
seguir, foi apregoada a Subemenda nº 01, de autoria dos Vereadores Raul Carrion,
Líder da Bancada do PCdoB, Mario Fraga e Carlos Comassetto, à Emenda nº 01, aposta
ao Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 010/03 (Processo nº 2559/05). Em
Discussão Geral, 3ª Sessão, esteve o Projeto de Resolução nº 111/05. Em
Votação, foi aprovado o Projeto de Resolução nº 041/05, com ressalva da Emenda
nº 01 a ele aposta, por treze votos SIM e cinco votos NÃO, após ser encaminhado
à votação pelos Vereadores Raul Carrion, João Antonio Dib e Elói Guimarães, em
votação nominal solicitada pelo Vereador João Antonio Dib, tendo votado Sim os
Vereadores Alceu Brasinha, Carlos Comassetto, Carlos
Todeschini, Elias Vidal, Elói Guimarães, Margarete Moraes, Maria Celeste,
Maristela Maffei, Maristela Meneghetti, Professor Garcia, Raul Carrion, Sofia
Cavedon e Zé Valdir e Não os Vereadores Ervino Besson, João Antonio Dib, João
Carlos Nedel, Mario Fraga e Neuza Canabarro. Na oportunidade, o Vereador Mario
Fraga formulou Questão de Ordem acerca do teor e da autoria do Projeto de
Resolução nº 041/05. Também, por solicitação do Vereador Ervino Besson, foi realizada a
leitura da Emenda nº 01, aposta ao Projeto de Resolução nº 041/05. Foi
aprovada a Emenda nº 01, aposta ao Projeto de Resolução nº 041/05, por dezenove
votos SIM, dois votos NÃO e uma ABSTENÇÃO, em votação nominal solicitada pelo
Vereador Ervino Besson, tendo votado Sim os Vereadores Alceu Brasinha, Carlos
Comassetto, Carlos Todeschini, Cassiá Carpes, Elias Vidal, Elói Guimarães,
Ervino Besson, Ibsen Pinheiro, João Carlos Nedel, Margarete Moraes, Maria
Celeste, Mario Fraga, Maristela Maffei, Maristela Meneghetti, Professor Garcia,
Raul Carrion, Sofia Cavedon, Valdir Caetano e Zé Valdir, Não os Vereadores
Haroldo de Souza e Neuza Canabarro e tendo optado pela Abstenção o Vereador
João Antonio Dib. Durante
a apreciação do Projeto de Resolução nº 041/05, em face de Questão de Ordem e
manifestações formuladas pelo Vereador Haroldo de Souza, o Senhor Presidente
prestou esclarecimentos acerca da ordem dos trabalhos da presente Sessão e no
referente à apreciação do Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 020/05.
Também, o Senhor Presidente registrou a presença, neste Plenário, do Vereador
Valdir Mendes, Presidente da Câmara Municipal de Passo Fundo – RS. Às dezoito
horas e dois minutos, constatada a inexistência de quórum, em verificação
solicitada pelos Vereadores Mario Fraga e Haroldo de Souza, o Senhor Presidente
declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a
Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos
pelos Vereadores Dr. Goulart, Luiz Braz, Margarete Moraes, Ibsen Pinheiro e
Ervino Besson, os dois últimos nos termos do artigo 27, parágrafo único, do Regimento, e secretariados pelo
Vereador Haroldo de Souza. Do que eu, Haroldo de Souza, 1º Secretário,
determinei fosse lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será
assinada por mim e pelo Senhor Presidente.
O SR. PRESIDENTE
(Luiz Braz): Queremos registrar o retorno da
Verª Maria Celeste e dizer da alegria de todos nós, Vereadores e Vereadoras,
com a presença da minha querida amiga Maria Celeste, que estava sendo submetida
a um tratamento e já está presente entre nós. Ficamos muito felizes. (Palmas.)
Passamos à
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05 oradores/05 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC. N. 0073/05 -
PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 014/05,
de autoria dos Vereadores Dr. Goulart e Paulo Odone, que concede a Comenda
Pedro Weingärtner à Artista Plástica
Maria Inês Rodrigues.
PROC. N. 2192/06 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 086/06, de autoria da Verª Maristela Maffei, que autoriza o
Executivo Municipal a instituir o Estúdio Público de Música. Com Emenda nº
01.
PROC.
3677/06 - SUBSTITUTIVO Nº 01, de
autoria do Ver. Luiz Braz, que institui percentual da renda líquida dos
concursos de prognósticos administrados e geridos no âmbito do Município de Porto Alegre com receita destinada ao
Departamento Municipal de Previdência dos Servidores Públicos do Município de Porto Alegre - PREVIMPA -, institui o
Fundo Municipal Especial de Previdência dos Servidores de Porto Alegre e dá outras providências,
ao PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO
LEGISLATIVO Nº 015/06, de autoria do Ver. Adeli Sell.
PROC. N. 3732/06 -
PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO N. 014/06, de autoria do Ver. Bernardino
Vendruscolo, que inclui inciso IX e § 3º no art. 7º da Lei Complementar nº 197,
de 21 de março de 1989, e alterações posteriores
(ITBI), estabelecendo a não-incidência desse imposto na transmissão de bens
imóveis adquiridos por meio de operações de arrendamento mercantil tributadas
pelo ISSQN, quando o arrendatário fizer a opção de compra. Com Emenda nº 01.
PROC. N. 5046/06 -
PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N. 048/06,
que autoriza a desafetação e alienação dos imóveis da Rua Jacintho Godoy, nos
155, 167, 179 e 191; da Rua Xavier da Cunha, nº 933; da Estrada Retiro da Ponta
Grossa, nº 3641; da Rua Eurípedes Monteiro Duarte, nº 61; da Rua Amoni, nº 55;
da Rua Dea Coufal, nos 1275 e 1261; e Rua Correa Lima, nº 1239.Rua
Correa Lima, nº 1239.
PROC. N. 5047/06 -
PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXEUTIVO N. 010/06, que modifica os limites das Subunidades
01 e 02 da MZ 1 UEU 066 e altera o regime urbanístico para o terreno localizado
à Av. Praia de Belas, nº 1100, criando a Subunidade 03, sede do Tribunal
Regional do Trabalho da 4ª Região e dá outras providências, de acordo com o
disposto no inc. VI do art. 162 da Lei Complementar nº 434, de 1º de dezembro
de 1999.
2ª SESSÃO
PROC. N. 5018/06 -
PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO N. 009/06, que cria o Conselho Municipal dos
Direitos das Pessoas com Deficiência de Porto
Alegre - COMDEPA, dispõe sobre Políticas dos Direitos das Pessoas com
Deficiência e dá outras providências.
PROC. N. 5029/06 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 215/06, de autoria do Ver. Ibsen Pinheiro, que concede o título
honorífico de Cidadão de Porto Alegre
ao Ministro Nelson Azevedo Jobim.
O SR. PRESIDENTE
(Luiz Braz): O Ver. Claudio Sebenelo está com
a palavra para discutir a Pauta.
O SR. CLAUDIO
SEBENELO: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs.
Vereadores, passeávamos, eu e minha mulher, por uma rua central de Paris,
depois de uma breve chuva, na madrugada, há uns seis meses, e nos deparamos,
extasiados e emocionados, inclusive nos abraçamos e choramos juntos - com uma
placa que dizia: “Aqui morou Heitor Villa-Lobos, o maior intérprete da alma
brasileira”. Ser intérprete da alma brasileira é interpretar com a música, é
prever, é expressar a miscigenação, a mestiçagem deste País através da música.
E quando se fala em
Bachianas, de Villa-Lobos, referimo-nos a uma música de Bach, introduzida,
inserida e misturada com a sonografia brasileira, com a onomatopéia da
Sinfonia do Amazonas, com Stravinski falando sobre a Sinfonia da Primavera. E
do mesmo jeito os sons da natureza eram, sim, o tope de linha, o marco maior do
avanço musical, em qualquer tonalidade dentro da mesma música, pois Heitor
Villa-Lobos foi o intérprete, foi a expressão, foi a tradução para o povo
brasileiro da existência e chegada de outros povos aqui.
E quando vejo o Projeto da Verª Maristela Maffei
instituindo um Estúdio Público da Música, eu quero dizer para vocês que eu
sinto a mesma emoção, porque, no Exterior, quando se publiciza esse trabalho
fantástico, que, durante muitos anos, foi esquecido aqui no País, nós temos a
felicidade de ter um autor, com um busto na frente do Capitólio, em Washington,
que foi esquecido por muitos anos aqui no País, mas que foi, indiscutivelmente,
alguém que nos ensinou a falar uma outra língua em outras línguas. Conseguiu
misturar a música alemã com a música brasileira e fazer dar certo; conseguiu
misturar a música francesa e a música brasileira e dar certo. E assim como, um
dia, Santos Dumont soltou o seu 14 Bis, ele foi lá e soltou uma pandorga no
parque dos físicos como representação de uma Pátria que tinha, inclusive, esses
sons musicais. Vereadora Maristela Maffei, eu quero lhe dar um grande abraço e
lhe dizer que esse Projeto é de um grande efeito para nós, para a nossa Cidade,
para a nossa gente, para as nossas crianças. Assim como é aquele trabalho da
Fátima, na Lomba do Pinheiro, fazendo uma orquestra com instrumentos de sopro
para crianças faveladas que vão lá 0desempenhar, da forma mais brilhante
possível, a sua arte, dando vazão a uma cultura extraordinária. Pois é
exatamente isso que eu quero lhe trazer como uma forma não só de solidariedade,
mas uma forma de adesão a essa idéia que, indiscutivelmente, para nós, é ótima,
de termos um estúdio público e que a nossa gente, a nossa juventude usufrua de
toda essa riqueza fantástica musical que nós temos neste País. Esse é o
caminho, essa é a forma de dizer a eles que é possível uma sensibilidade maior,
é possível uma criminalidade menor, é possível um País melhor, é possível,
inclusive usufruto de um processo como a música nos traz, alguma coisa a mais
que enriquece de oxigênio o meio-ambiente, enriquece de oxigênio as nossas mentes.
Meus parabéns!
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Luiz Braz): O Ver. Carlos Todeschini está com
a palavra para discutir a Pauta.
O SR. CARLOS
TODESCHINI: Sr. Presidente, Ver. Luiz Braz; Sras
Vereadoras, Srs. Vereadores, público presente na assistência do Canal 16, quero
discutir o PLE nº 048/06, que autoriza a desafetação e a alienação de imóveis
no Município. Quero tratar desse assunto, porque - depois a nossa Liderança
também vai tratar do tema - ontem nós tivemos - envolvendo o tema alienação de
imóveis no Município - um episódio por demais lamentável, quando uma ação do
Município levou por arraso a residência de cinco famílias na Rua Sebastião Leão com a Otto
Ernest Meyer, próximo ao Hospital Porto Alegre. Recebemos, na Comissão, essas pessoas.
O Governo fez uma confissão de culpa, e, mais tarde, o Secretário Toni Proença
ligou-me para dizer que o Governo terá de fazer muito para se redimir do
acontecido. Mas o fato é que foi um episódio lamentável como há muito não se
via, uma ação sem, absolutamente, nenhuma necessidade. Tratava-se de um terreno
para ser alienado pelos vizinhos, por anexação, inclusive com dispensa de
licitação, mas sem nenhuma pressa.
E eu temo que possa estar em questão, também, a
alienação de imóveis ocupados, ainda que Próprios Municipais, e que ações desse
tipo possam se repetir na Cidade. Pensávamos que a ação de ontem era única e
exclusiva, mas já havia acontecido, no dia anterior, uma ação semelhante aqui
ao lado, nas proximidades da Usina do Gasômetro ou na capatazia do DMLU. E
ainda que o Município tenha o direito e o dever de realizar as desocupações, de
retomar os imóveis que são da sua propriedade, não lhe é de direito usar
truculência, violência e negar o diálogo com as comunidades.
E é isso que nós tratamos, ontem, e,
lamentavelmente, também, isso tudo alimentado e nutrido por uma farsa, uma
enrolação, um conjunto de mentiras deslavadas de um senhor, funcionário do
DEMHAB - e que não é a primeira vez que o faz -, enganando as comunidades e,
depois, inclusive, tentando fazer coação; tentando coagir as pessoas.
Então, quero falar disso,
que é muito perigoso estarmos aqui aprovando a desafetação, os Projetos
autorizativos para alienação de imóveis, sem saber qual é a situação em que
esses imóveis se encontram, quando o Governo afirma ser transversal, dialogar,
não usar violência, e faz exatamente o inverso, Verª Margarete: usa
truculência, enrolação, força, negando o diálogo. E nós buscamos
insistentemente o diálogo, porque não havia a mínima necessidade de acontecer o
que aconteceu no dia de ontem. Como disse o Ver. Carrion, ontem, na reunião da
CEDECONDH: “O período da ditadura militar já acabou, e faz bastante tempo.” E a
garantia, a palavra do Prefeito foi rasgada, foi rompida com a atitude de
ontem. Por isso, inclusive, eu aceito a manifestação do Secretário Proença,
dizendo que o Governo tem que se redimir, porque a ação foi, de fato, grave
demais para os dias atuais. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Luiz
Braz): O Ver. Carlos Comassetto está com a palavra
para discutir a Pauta. (Pausa.) Ausente. O Ver. Bernardino Vendruscolo
está com a palavra para discutir a Pauta.
O SR. BERNARDINO
VENDRUSCOLO: Ver. Luiz Braz, na presidência dos
trabalhos; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, público que nos
assiste, nós vamos falar, em Pauta, sobre um Projeto, de nossa autoria, que nós
pretendíamos iniciar antes, mas, infelizmente, tivemos que fazer pesquisas que
foram um tanto difíceis.
Todos nós conhecemos e
sabemos que existe o arrendamento mercantil, que é o leasing. Muitas empresas, muitos profissionais liberais adquirem
seus equipamentos através do leasing,
que nada mais é que o arrendamento mercantil. No final, o arrendatário paga o
resíduo, ou não. Se pagar o resíduo, ele adquire o bem em definitivo. Com o
passar do tempo, os bancos, por questões, acho, de garantia, começaram a
descontar ou cobrar o resíduo fracionado, durante a duração do seu contrato. E
isso é o que nós temos visto hoje aí: é feito o leasing para aquisição
de equipamentos de informática, leasing para aquisição de automóvel para
empresa ou profissional liberal. Mas também existe o leasing
imobiliário. E, Ver. Luiz Braz, o leasing imobiliário, na verdade, se
nós analisarmos, teria que ser o leasing com maior interesse dos bancos,
por dois motivos: primeiro, pelo valor, pois sempre o valor de um leasing imobiliário
vai ser maior do que o de um leasing de bem móvel – para a aquisição de
um computador é um valor, para a aquisição de um imóvel é um outro valor bem
maior –, e pelas garantias, por serem garantias mais sólidas, o imóvel daria e
dá mais tranqüilidade àquele que faz o arrendamento. Mas, infelizmente, esse
sistema de arrendamento não tem sido muito divulgado e tem sido muito pouco
praticado. Por que ocorre esta pouca prática do leasing imobiliário?
Vamos entender o porquê: qualquer bem adquirido através de leasing vai,
primeiro, para o nome do arrendador - do banco -, para, somente no final do
contrato do arrendamento, com o efetivo pagamento do resíduo, passar para o
nome do arrendatário. E aí nos vamos, então, encontrar a dificuldade quando nós
temos o compromisso do pagamento do ITBI - Imposto de Transmissão de Bens
Imóveis. E nesse caso do imóvel, ocorre a bitributação.
Este Projeto que pretendemos ver aprovado nesta
Casa, e por isso que estamos tendo o cuidado de fazer a devida explicação,
busca divulgar o leasing imobiliário e fazer a defesa no sentido de que
não há necessidade da bitributação, porque não houve dois negócios, houve ou
haverá um único negócio, apenas a regularização dele no final da contratação.
Por isso, senhoras e senhores, nós pretendemos tirar a bitributação quando
houver o leasing imobiliário, não há sentido de termos a bitributação. E
temos certeza de que aquelas pessoas que têm um escritório e que pagam um
aluguel de 300 reais, 400 reais ou 500 reais podem, perfeitamente, fazer um leasing
com o banco e pagar esse mesmo valor para a compra do imóvel. E se não fazem
hoje é porque os bancos também têm dificuldade de fazer essa justificativa, de
aceitar, de forma compulsória, a bitributação.
Por isso, senhoras e senhores, nós estamos
iniciando o debate em cima deste Projeto que pretende fazer com que aqueles que
buscam comprar o seu imóvel através do leasing imobiliário não sofram a
bitributação. Era isso, Sr. Presidente, Ver. Luiz Braz.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Muito obrigado,
Ver. Bernardino.
A Verª Maristela Maffei está com a palavra para
discutir a Pauta.
A SRA. MARISTELA MAFFEI: Sr. Presidente,
Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e senhores, quero
“quebrar o protocolo” e aproveitar para dizer da nossa alegria pelo retorno da
nossa companheira Maria Celeste, que está muito bem e pronta para assumir, no
ano que vem, a presidência desta Casa com todo o vigor.
Voltando à Pauta, eu queria me referir, em
primeiro lugar, sem entrar no mérito, até por que não tenho ainda propriedade
para falar sobre o assunto, mas quero dizer, Ver. Bernardino, que vou estudar
com carinho esse Projeto, para poder, então, na próxima Sessão, dizer da minha
primeira impressão, porque, com certeza, como outro Projeto polêmico que V. Exª
já trouxe a esta Casa, ele é de fundamental importância para esta Cidade.
Por último, eu queria falar sobre o Projeto de
minha autoria, que é o Projeto de Lei nº 086/06, que autoriza o Executivo
Municipal a instituir o Estúdio Público de Música no Município de Porto Alegre.
Quero agradecer pelas palavras carinhosas e não menos sérias do Ver. Claudio
Sebenelo ao se referir a esse Projeto, e quero agradecer, desde já, pelo apoio
e dizer que esse Projeto já existe em várias Capitais do nosso País. Ele estava
na plataforma do então candidato a Prefeito de Porto Alegre, na última eleição,
o Deputado Federal Beto Albuquerque, e nós o aprimoramos, mas, mais do que isso,
Ver. Sebenelo, temos experiências muito ricas, além da que V. Exª expôs aqui,
como por exemplo, da orquestra de flautas da Escola Heitor Villa-Lobos, lá na
Vila Mapa, que é uma das periferias mais pobres da nossa Cidade e que tem um
dos trabalhos mais belos que eu já conheci, Ver. Dib. É impressionante o
trabalho feito por uma maestrina - que inclusive já foi homenageada aqui
nesta Casa - e por toda a comunidade que vem desenvolvendo o trabalho em
conjunto, com muita precariedade. Mas quando você assiste a Vivaldi e a tantos
outros compositores sendo tocados por flauta, instrumentos de sopro, violinos,
por aquelas crianças, filhos das pessoas mais empobrecidas da Cidade, a gente
percebe que quando há vontade política, pedagógica, partidária, de filosofia,
de concepção numa sociedade é possível realizar o canto e o encanto, e trazer,
do submundo em que foram colocadas essas pessoas ao patamar em que elas sempre
deveriam estar. E a música, a arte são uma das expressões mais vivas e ricas,
já que, mesmo quando o mundo está na pior das fases, é a arte que sobrevive e é
nisso que a gente acredita: poder também tirar os nossos jovens das ruas, da
drogadição para serem profissionais dessa área.
Por isso eu acredito contar com o apoio desta
Casa, sensibilizar o Executivo para que a gente coloque em prática este
importante Projeto, no meu ponto de vista. Muito obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
(A Verª Margarete Moraes assume a presidência
dos trabalhos.)
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Luiz
Braz está com a palavra para discutir a Pauta.
O SR. LUIZ BRAZ: Vereadora
Margarete Moraes, presidindo os trabalhos; Sras Vereadoras, Srs.
Vereadores, senhoras e senhores, o Ver. Adeli Sell legislou numa área muito
difícil de ser legislada por nós Vereadores. Ele, tentando resolver o problema
dos bingos em nossa Cidade, acabou fazendo uma legislação sobre concurso de
prognósticos. Só que, Ver. João Dib, o art. 22 da Constituição prevê que
compete exclusivamente à União legislar sobre sorteios, e quando a gente vai
ver a definição do concurso de prognósticos, através da legislação que institui
o concurso de prognósticos, a gente vê que concurso de prognósticos também é
sorteio. Por isso mesmo, reconhecendo a importância que essa área tem para a
Cidade, e achando que poderia, de alguma forma, dar um novo direcionamento para
essa questão, tentando legalizar aquilo que foi iniciado pelo Ver. Adeli Sell,
nós entramos com um Substitutivo tentando contornar essa barreira, do art. 22,
e o fizemos apenas destinando o percentual dos concursos de prognósticos, que
na verdade estão previstos lá no art. 195 da Constituição, quando diz que esta
é uma das fontes de renda da Previdência Social em todo o Brasil, no nível da
União, dos Estados, e também dos Municípios. Então destinamos aquilo que é a
renda dos concursos de prognósticos, um percentual, para a nossa previdência, e
colocamos como atribuição do Sr. Prefeito Municipal, atribuição do Executivo
Municipal, fazer todas as gestões para que essa medida possa ser realizada, equaciona.
Isso significa que o Executivo poderia entrar em contato com a Caixa Econômica
Federal, e através dela, estabelecer um convênio em aqueles concursos de
prognósticos realizados no âmbito de nosso Município possam dar um percentual
da renda, aquilo que está previsto na nossa Legislação, para o PREVIMPA, para a
nossa Previdência Social. É uma tentativa, eu sei que é difícil legislar sobre
essa questão, eu mesmo tenho muitas dúvidas, Ver. João
Dib, quando estou legislando, ou tentando legislar, a respeito deste assunto.
Estamos apenas tentando salvar uma fonte de renda que o Município, acredito,
não poderia jogar fora, o Município não poderia perder. Os bingos - muito
embora estejam em meio a uma grande discussão sobre a sua legalidade -
continuam operando no Município de Porto Alegre. Basta que a gente dê uma volta
pela Cidade, Ver. Adeli – eu estava exatamente falando no Projeto de V. Exª,
agora com o Substitutivo deste Vereador - e vamos ver que existem, praticamente
em toda a Cidade, os bingos operando. Só que atualmente eles não geram nenhuma
renda para o Município de Porto Alegre; o Município de Porto Alegre não aufere
nenhum lucro com a operação dos bingos, que estão abertos em nossa Cidade,
mercê de ações na Justiça, de liminares, pois eles estão funcionando.
O Ver. Adeli iniciou,
e nós estamos tentando de alguma forma também legislar sobre a mesma matéria,
mas tentando legalizar aquilo que foi iniciado pelo Ver. Adeli, dando a
possibilidade de que o Município possa começar a arrecadar dessa fonte, que é
prevista no art. 195 da Constituição Federal, mas que infelizmente está vedada
para nós por causa de toda essa discussão em nível nacional que nós
estabelecemos.
Existe no Congresso
Nacional um Projeto, já está em fase final, sendo votado. Ele transfere para o
Estado o direito de gerir os concursos de prognósticos. Acho que seria uma
saída, quem sabe o Estado do Rio Grande do Sul poderia colocar à disposição do
nosso Município uma fonte de renda das melhores para que nós pudéssemos
aumentar a nossa arrecadação. Mas, enquanto isso não acontece, eu acho que é
nossa obrigação, como representantes da sociedade de Porto Alegre, continuarmos
tentando fazer com que essa fonte de renda venha a aumentar as receitas do
nosso Município.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTA
(Margarete Moraes): Agradeço ao Ver. Luiz
Braz.
Encerramos o período
de discussão de Pauta Preliminar.
A SRA. MARISTELA
MAFFEI: Srª
Presidenta, Vereadora e companheira Margarete Moraes; como Coordenadora da
Frente Parlamentar da Criança e Adolescente, eu, assim como foi noticiado,
quero dizer a todos, aqui, da felicidade pela aprovação do Parecer para a
aprovação do Fundeb, no Senado, que inclui, além da questão das escolas
infantis, também as creches. Claro que isso ainda volta para o Congresso, mas
foi unânime, então é de uma alegria enorme trazer essa notícia que já foi
noticiada nos jornais, mas poder partilhá-la com todos os meus colegas
Vereadores. Muito obrigada.
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Parabéns à
Nação brasileira, por essa primeira aprovação, Verª Maristela.
A Verª Maristela Maffei está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
A SRA. MARISTELA MAFFEI: Srª
Presidenta, Verª Margarete Moraes; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras,
anunciava, há pouco, como Coordenadora da Frente Parlamentar da Criança e do
Adolescente, a aprovação - que inclui crianças de zero a três ano - do Fundeb,
que é o nosso Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Básico, que trará
uma inclusão tão importante para a nossa sociedade, Ver. Ervino. Nós não temos
a dimensão desse investimento que incluirá as creches que hoje são conveniadas
com a Secretaria Municipal de Educação, bem como a FASC. Então, de fato, está
sendo uma grande conquista para todos nós.
Mas eu queria falar de um tema que considero
fundamental sobre a questão da Secretaria Estadual de Justiça e Segurança, pois
vem sendo anunciado o novo Governo, da Governadora Yeda, que tem a pretensão de
fazer uma divisão dessa Secretaria, como ocorre em toda troca de Governo. Essa
é uma discussão pública antiga sobre desmembrar ou não a Secretaria Estadual de
Justiça e Segurança e isso novamente deverá ocupar, como já vem ocupando, as
manchetes dos jornais. Temos uma grande preocupação aqui, pois quando se trata
de Segurança, nós sabemos que não se pode partir de um pressuposto apenas para
acomodar os anseios políticos daqueles grupos que cercaram e cercam o apoio da
Governadora Yeda Crusius. No caso da divisão da Pasta, imagina-se que a
Segurança de Justiça ficaria com as questões atinentes aos processos judiciais,
aos precatórios e às demais demandas judiciais envolvendo os interesses do
Estado. No que tange, Ver. Luiz Braz, à Secretaria de Segurança, esta ficaria
como responsável pelo policiamento ostensivo, com a Brigada Militar, que hoje é
composta por 22 mil, 411 pessoas concursadas; com a Polícia Civil, que tem um
efetivo de 5 mil, 421 funcionários, e, com o IGPL, que é a perícia, com 708
pessoas. Eu só imagino o estresse que já devem estar essas pessoas com essa
nova possibilidade de gestão da política de Segurança Pública no nosso Estado.
Não obstante tais modificações aparentemente prometerem soluções fáceis e
rápidas para a área que estamos abordando, não representam, por si só, uma
solução plausível e definitiva para equacionar a problemática da insegurança
que assola, hoje, os gaúchos e as gaúchas, independentemente de classe social,
local e moradia. Nós sabemos que tem de haver um rol de novas medidas que devem
ser implementadas visando a melhorar a segurança para a população, mas nós
também sabemos que não vai ser só isso que vai resolver. Enquanto não houver
realmente investimento nas áreas sociais, na questão da moradia, com desempenho
no desenvolvimento de emprego, geração e renda, nós vamos colocar em prática
uma nova falácia, prometendo que vão resolver todos os problemas, quando vai
acontecer novamente um desgoverno, como é a questão do Governo que nós estamos
vivendo, do atual Governador Germano Rigotto.
Esse, realmente, é um tema que temos de
aprofundar nesta Casa, afinal de contas estamos na Capital do Estado do Rio
Grande do Sul. Está-se colocando esse tema como praticamente já sendo
desenvolvido dessa forma. E acredito que, como os Vereadores também são parte
importante para darem opinião e rumo ao Estado do Rio Grande do Sul, nós temos
que nos posicionar, inclusive, com os Partidos, para que não ocorra outra
tragédia como a que nós vivemos nestes quatro anos, de uma desgovernabilidade
total dentro da área da Segurança Pública do nosso Estado, e, também, sem um
investimento em inteligência policial e em novas tecnologias. Muito obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
(O Ver. Luiz Braz reassume a presidência dos
trabalhos.)
O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): O Ver. José
Ismael Heinen está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Exmo
Sr. Presidente desta Casa, Ver. Luiz Braz; nobres Vereadoras e Vereadores,
público que nos assiste, imprensa, na última segunda-feira, estávamos inscritos
para termos o direito de falar em Liderança, e, intempestivamente, foi-nos
cassado o direito da palavra, colocando em contraponto o cumprimento do
Regimento. Pelo que eu estava vendo, até hoje aqui havia sempre um
comportamento ético quanto a isso. Mas, tudo bem, quando a ética não prevalece,
temos de cumprir a lei, mas só que todos devem cumpri-la.
Mas
como eu teria que falar sobre o que foi abordado na segunda-feira, porque,
neste Plenário de nobres Vereadores e Vereadoras, houve um verdadeiro
“tiroteio” em cima da Liderança do Partido da Frente Liberal, chamando-nos dos
mais diversos predicados possíveis e impossíveis imaginários, de uma ética
política. Como eu não gosto de falar, não quero ser um “inventor da roda”, hoje
o jornal Correio do Povo, na coluna do Elio Gaspari, nos fala - vou ler uns
pequenos trechos - sobre o rombo da Previdência Social em que o Ministro falou
que, para eliminar o fator previdenciário, é preciso impor a idade mínima. E
diz o nosso Elio Gaspari (Lê.): “Parece javanez essa afirmação”. Mas significa
o seguinte (Lê.): “Se os trabalhadores não cuidarem de seus interesses, vem aí
mais uma tunga na Previdência, a terceira dos últimos 12 anos. Isso no Governo
de um ilustre pensionista da viúva. Em 1995, aos 51 anos, Nosso Guia ganhou uma
bolsa-ditadura que lhe rende R$ 4.509,00 mensais, cumulativos” - como diz aqui
o Elio Gaspari – “com o ‘aerolula’ e a base naval para feriadão”. Pois o
Ministro prevê o rombo de 41 bilhões de reais na Previdência Social. Diz ele
ainda: “Se o Dr. Nelson Machado puder explicar, lá em cidade Tiradentes, que os
moradores do pedaço só se aposentarão depois dos 60 anos, mas Lula fez o certo
ao pegar a bolsa-ditadura aos 51 anos. Convém que deixe o Ministério da
Previdência, devendo assumir o comando das operações americanas no Iraque que
tanto necessitam de um bom explicador”.
Essa Lei dos anistiados, meus senhores - o
colega Ervino Besson indignou-se ao ver que o Presidente a recebia -, foi uma
Lei dos anistiados de 2002; mas no ano de 2003, segundo a Lei nº 10.559, entre
18 de setembro de 1946 até 5 de outubro de 1988, as pessoas tinham direito à
indenização, aquelas que tinham emprego em empresa pública ou privada ou
exerciam atividade remunerada e sofreram prejuízos ou demissão em virtude da
perseguição política. Aí nós temos o Presidente Lula, que eu acho que não foi
demitido de emprego nenhum – que eu saiba de emprego nenhum -, ganhando a
vitaliciedade de R$ 4.509,00, e está com recurso para passar para R$ 6.500,00 .
Eu teria mais outras colocações para fazer, meus
senhores, mas quero dizer que tudo o que falaram do nosso Líder, eu gostaria de
devolver e dizer, aquelas palavras ásperas de “lacaio da ditadura” e outras
coisas mais, que lacaio é falta de caráter. Agora, um Presidente? Diz aqui
(Lê.): “Anistiado político, Luiz Inácio Lula da Silva acaba de baixar a Medida
Provisória nº 300, mandando o Governo pagar os valores devidos aos anistiados
políticos, para 40 mil reais.” Sr. Presidente, isto são 4 bilhões de reais/anos
de deficit na Previdência Social,
isso não é mau caráter! Medida Provisória em proveito próprio!
Exemplo de Estadista com todas as controvérsias,
Leonel de Moura Brizola, não quis recolher este direito que ele também tinha.
E, se eu tivesse esse direito, com certeza também não o pegaria. Por que, de
1946 para a frente, as mães dos soldados que foram à guerra, Sofia Cavedon,
“não sofreram” e não têm o reconhecimento até hoje através de indenizações por
terem perdido o filho ou porque voltaram inválidos? Por que de 1946 para cá -
Ditadura de Vargas e a Ditadura militar -, e aqueles que foram salvar as
democracias no mundo não receberam?!
Pois é, é uma Lei capenga caótica, caolha que
favorece apenas aos “amigos do rei”. Sr. Presidente, voltaremos ao assunto
novamente. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): A Verª
Margarete Moraes está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
A SRA. MARGARETE MORAES: Sr. Presidente,
Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, em nome da Frente Popular eu creio
que posso dizer que nós não temos nada pessoal contra o Ver. José Ismael Heinen;
nós somos contra a posição política em relação às idéias que ele representa.
Esta Casa é o lugar do debate da contraposição e é aqui que nós temos de
fazê-lo com muita honestidade, muita sobriedade. Infelizmente, hoje eu não vou
poder me contrapor as suas idéias, porque tenho um assunto muito mais
importante, um assunto dramático de algo que aconteceu em Porto Alegre e que,
inclusive, lembra os métodos da ditadura militar que o PFL defendeu na época.
Infelizmente ontem a CEDECONDH reviveu cenas
dignas do tempo da ditadura militar: cenas de humilhação, de desprezo, de
cerceamento à liberdade. Nós recebemos a Associação de Moradores da Av. Otto
Ernest Meyer, que fica ao lado do Hospital Porto Alegre, cuja comunidade, Ver.
Sebenelo, formada por 38 famílias, foi acordada com caminhões da SMOV, com a
tropa de choque da Brigada Militar, com oficiais de Justiça, com um Procurador
do Município - Dr. Mauro Canabarro -, com a Srª Eliane, da FASC. Sem nenhum
comunicado anterior, sem nenhum diálogo, sem nenhuma informação, eles foram lá
com a ordem de cumprir o despejo, e despejaram da maneira mais virulenta
possível cinco famílias. Quebraram os móveis das casas, espalharam no pátio os
pertences e demoliram as casas.
A CEDECONDH foi acionada, o Ver. Carlos
Todeschini e o Ver. Carrion imediatamente para lá se dirigiram e procuraram o
Gabinete do Prefeito, através do Sr. Pascoal, o Gabinete do Vice, a Governança
Solidária, o DEMHAB, a FASC, e ninguém sabia o que estava acontecendo, o
Governo não tinha conhecimento, mas, ao mesmo tempo, a demolição continuava!
As famílias se desesperaram. Até que, às
12h30min, essa ação foi executada. Houve tentativa de dois funcionários, uma da
FASC, Srª Eliane, e da Brigada Militar, de impedir que a comunidade contatasse
com os Vereadores. E agora eu pergunto: para aonde foram essas pessoas? Como é
que dormiram as pessoas dessas cinco famílias? Às 12h30min, chegou o Sr.
Severo, do DEMHAB, e disse que três famílias poderiam procurar os parentes e,
para duas famílias, ele procuraria abrigo, se quisessem.
Então, é uma comunidade que está com medo, uma
comunidade que não pode acreditar na Prefeitura, que não pode acreditar no
Poder Público, não acredita mais em política republicana, não vê mais nenhum
indício de participação democrática, não vê o Estado como parceiro, mas como
inimigo daqueles que mais precisam, como se fosse um delito ser pobre nesta
Cidade!
Em 2004, a nossa Administração Popular recebeu
essa ordem de despejo, mas por sensibilidade social, a sustou, e é uma
prerrogativa da Prefeitura sustar essa ordem de despejo.
Então, Ver. Braz, foi praticada uma violência,
uma brutalidade com cinco famílias. As crianças estão sem escola, sem
identidade, sem seus pertences, sem os vizinhos, estão sem o seu trabalho.
E, ontem, infelizmente, e quero denunciar
publicamente para a TVCâmara, que um funcionário do DEMHAB ameaçou que as
outras famílias também vão sofrer essa mesma ação.
É um método truculento, sem diálogo, sem
articulação! E o Prefeito Fogaça não sabia, porque ele nos prometeu, em Audiência
Pública, que não haveria despejo no seu Governo. Uma Prefeitura que fala em
trabalhar com transversalidade, como que não sabia?! E foi avisada a tempo e
não impediu!
Então, um Governo pode ter imprevistos, acho que
é possível que o Prefeito não soubesse, mas a pergunta que fica é: qual a
atitude do Governo quando soube? Ele foi avisado por dois Vereadores, pelo Ver.
Todeschini e pelo Ver. Raul Carrion e não tomou nenhuma
atitude. E aí eu quero questionar esse método, essa transversalidade, pois cada
órgão faz uma coisa, um desgoverno absoluto na cidade de Porto Alegre!
Quero também
denunciar a virulência do DEMHAB, um órgão que tem que construir casas,
resolver e dar solução para o problema de habitação, que é gravíssimo na nossa
Cidade, e o DEMHAB se presta para destruir aquilo que existe. O Sr. Severo é um
mal-educado, presunçoso, e assim é a Srª Eliane, da FASC, que também tem
trabalhado junto à SMAM em outros órgãos, e trabalham com um casuísmo passivo:
quando vem uma ordem, têm que fazer. Não! A Prefeitura tem a prerrogativa de
sustar, de conversar. Agora, o que eu acho pior de tudo isso é como ficam todas
essas famílias. Como é que elas vão resolver o seu problema, a sua auto-estima,
a sua identidade, os seus vizinhos, onde moram, foram para onde e os filhos
ficaram sem escola?!
Então, em nome da
Bancada do Partido dos Trabalhadores, me sinto na obrigação, por ter
participado desta reunião na CEDECONDH, dessa audiência, ontem, de trazer essa
denuncia e dizer que nós vamos entrar com uma medida no Ministério Público,
porque isso não pode continuar acontecendo na cidade de Porto Alegre. Muito
obrigada.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE
(Luiz Braz): O Ver. Raul Carrion está com a
palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. RAUL CARRION: Exmo Ver. Luiz Braz, demais Vereadores e Vereadoras, gostaria que a Líder do
Governo, Verª Clênia, se encontrasse aqui no momento, ela estava até há poucos
minutos, mas, possivelmente, nos escuta do seu escritório. Eu queria reforçar a
denuncia da Verª Margarete Moraes, que o Ver. Todeschini já tratou, também, e
dizer que na manhã de ontem, por volta de 10 horas e tanto, fomos chamados para
tratar desse despejo ocorrendo na Rua Otto Ernest Meyer, atrás do Hospital
Porto Alegre.
Com a maior das boas
vontades, me comuniquei com o DEMHAB. Como era uma área da Prefeitura e houve
um compromisso diante da CEDECONDH, diante dos Vereadores - o Ver. Ervino
estava junto -, do Sr. Prefeito de que nenhum despejo seria realizado,
perguntei se em caso de retirada de famílias, a Prefeitura providenciaria uma
alternativa, pois existem situações... Então, me comuniquei com o DEMHAB:
“Possivelmente vocês não estão sabendo, tratem de suspender esse despejo, vamos
construir uma alternativa”. Liguei para o Gabinete do Prefeito, me comuniquei
com o Secretário substituto Toni Proença, o Vice-Prefeito foi contatado.
Portanto não se pode alegar desconhecimento de causa. Imediatamente nos
dirigimos para lá. Chegando lá, essas famílias nos informaram que não tinham
sido sequer avisadas, que não havia nenhuma comunicação prévia. Não havia
nenhum acordo de saída delas, não havia nenhuma alternativa construída.
Passamos, das 10h30min às 12h30min, fazendo contatos telefônicos. Vamos
resolver, vai ser suspensa a ação... Até que começou, Verª Sofia, a demolição
das casas. Aí, eu e o Ver. Todeschini entendemos que nada mais havia a fazer
lá. Marcamos uma reunião às 15h30min na CEDECONDH, nos comunicamos com o Toni
Proença, que se comprometeu que a Governança estaria lá. Pois bem, somente após
a nossa saída, o DEMHAB, que é o órgão responsável pela habitação - de
construir habitação, não de destruir habitação! -, se fez presente. Muito bem.
Qual foi a ação do DEMHAB? Pressionar os moradores, Ver. Dib, para não virem na
reunião das 15h30min, pressionar os despejados, para que não viessem aqui para
construir uma alternativa. E, aí, apresentou para duas famílias a alternativa
do aluguel social, que são cinco meses, 150 reais, procurando inviabilizar uma
atividade desta Casa. Anteriormente, a funcionária Eliane, da FASC, intimou um
dos despejados, porque tinha vindo falar com este Vereador.
Os Vereadores, agora,
não podem mais cumprir a sua função, num despejo, de dar o apoio a essas
pessoas?! E antes, já, eles tinham impedido o Ver. Todeschini de entrar numa
área, que é um próprio municipal, que a Lei Orgânica garante a nossa entrada a
qualquer momento. Eu vou mostrar, aqui, algumas das fotos e quero que a
TVCâmara mostre a nossa chegada, tentativa de negociação, com o Oficial de
Justiça, com a Brigada. (Mostra as fotos.) Aqui, o Procurador Canabarro e nós tratando
com ele; aqui, a Brigada em peso - para se ver o aparato policial militar que
se armou. Aqui, a retirada dos móveis dessas famílias – depois nós passaremos
(as fotos) para os Vereadores; aqui, já o início da demolição de uma das casas.
Vejam o estado que ficaram os móveis dessas famílias, sem o mínimo cuidado.
Aqui, a função construtiva do DEMHAB, de uma Prefeitura, Verª Clênia, que
assumiu o compromisso de não realizar nenhum despejo! (Palmas.)
O que é isso aqui?! O que é isso? (Mostra
fotos.) Área pública do Município ocupada, Ver. Nereu, há mais de vinte anos
por famílias. O Estatuto das Cidades e a Lei Orgânica garantem.
(Continua mostrando fotos) Aqui, outra cena da
demolição; aqui, as máquinas que deveriam estar preparando a urbanização das
nossas vilas, atuando para destruir. Nós ficamos lá até o meio-dia tratando do
caso e o Governo se comprometendo a solucionar o problema.
Então, companheiros, colegas Vereadores, nós não
podíamos deixar de vir aqui fazer essa denúncia. Quero dizer que, na reunião, o
representante da Governança alegou que houve uma dessintonia entre os órgãos do
Governo; o Gabinete do Prefeito não sabia de nada, o DEMHAB não sabia de nada,
a Governança não sabia de nada. Dessintonia! Mas, a partir das 10h30min, todos
sabiam! Então, por que nada fizeram?! É a palavra do Prefeito que foi rompida,
é o compromisso do Prefeito que foi rasgado!
Concluo – desculpe-me por ter avançado um
pouquinho no tempo -, também lamentando que a Justiça tenha dado uma liminar
para uma posse de um ano e mais de um dia, tanto que a Juíza de primeiro grau
negou, dizendo que era uma posse velha, e, apesar disso, no agravo, foi dada
uma tutela antecipada, dizendo que isso era uma formalidade. Nós temos também
que ir juntos à Justiça, porque senão, vai se criar o caso de posse velha ser
despejada com liminar. Concluo dizendo que nós tiramos a decisão de uma reunião
com o Sr. Prefeito de que seria sustada essa ação para as outras 30 famílias.
Muito obrigado e desculpem a indignação. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): O Ver. João
Antonio Dib está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr.
Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, poder-se-ia dizer que
não mudou nada. É tudo como antes. As iniciativas da Prefeitura são tomadas, as
pessoas são removidas, é tudo igual. Não, não é igual, porque na Loureiro da
Silva, quase esquina com a Lima e Silva, a Prefeitura chegou com máquinas
derrubando as casas com as pessoas dentro, e este Vereador veio ao Plenário
pedindo para que parassem, telefonou para o Prefeito, telefonou para o Diretor
do DEMHAB e para todos que podia telefonar, e a demolição continuava, com as
pessoas dentro. Algumas delas, pelo menos, saindo direto para o Pronto Socorro,
e eu não ouvi nenhuma voz da Frente Popular! Nenhuma voz dando apoio!
Há de se dizer, pelo bem da verdade, que era uma
área que estava sendo discutida, que a Prefeitura não tinha título de propriedade
sobre a área, porque dizia “frente para a rua” e, de repente, não havia a
Perimetral quando foi feita. E aí um dos que descobriu que a Prefeitura ia
fazer aquela violência entrou com uma ação preventiva. Esse não pôde ser
tocado, mas os demais foram violentamente arrancados de suas casas, com os
móveis dentro! E aí vieram ao gabinete do Ver. João Dib, e a única coisa que eu
me lembro que aconteceu de efetivo da Frente Popular foi a minha querida amiga
Verª Maria do Rosário sair do meu gabinete chorando. Eu perguntei: “O que
houve, Maria do Rosário?” E ela respondeu: “Fui agredida!” As pessoas estavam
lá pedindo solução.
Agora não, agora há orquestração para a pretensa
solução. Está aí, o Ver. Carrion dizendo que era um ano e um dia. A Justiça
nunca está certa para eles quando faz as coisas diferente do que eles pensam, é
cega! Eu já perdi e já ganhei na Justiça, e eu sempre aceitei. Decisão judicial
se aceita e não há problema nenhum. Ali, na Loureiro da Silva, não havia
decisão judicial, não havia nada; eles simplesmente tiraram as pessoas. Apenas
eu avisei: se for para vender a área, eu vou ficar cuidando aquelas árvores que
ali estão. A área está no mesmo lugar, as árvores estão no mesmo lugar, não é a
mesma coisa que aconteceu numa das esquinas da
Vasco da Gama, onde a Prefeitura cortou 22 árvores para vender o terreno, o que
não tinha sentido - 22 árvores foram cortadas para vender o terreno. Então,
esta Frente Popular que hoje reclama do Prefeito Fogaça concordava com tudo o
que era feito pelas Administrações passadas, ou cortaram 154 árvores na Correia
Lima para fazer uma construção, e a Prefeitura autorizou, e as tantas figueiras
que foram cortadas – e a figueira é uma árvore preservada por lei – porque a
Prefeitura queria... Não vi ninguém reclamar! E agora... Eu não estou dizendo
que não me compadeço, que não me preocupo com aquelas pessoas que foram
desalojadas, mas acredito que deve ter havido debate longo entre o DEMHAB,
Prefeitura e moradores, mas de qualquer forma o mestre Carrion diz que não houve,
e a sua palavra deve ser respeitada. Eu a respeito, mas não acredito. De
qualquer forma eu acho que é preciso “olhar o telhado”, pois quem tem “telhado
de vidro não joga pedra” tão facilmente. Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Luiz Braz): Solicito à Verª Margarete Moraes
que reassuma a presidência dos trabalhos para que eu possa usar a palavra em
Comunicação de Líder, pelo meu Partido, que me foi concedida pelo meu Líder,
Claudio Sebenelo
(A Verª Margarete
Moraes reassume a presidência dos trabalhos.)
A SRA. PRESIDENTA
(Margarete Moraes): Apregôo Requerimento
da Verª Manuela d’Ávila, que solicita Licença para Tratar de Interesses
Particulares, no período de 08/11/06 a 13/11/06.
(Obs.: Foi aprovado
Requerimento de licença da Verª Manuela d’Ávila e dada a posse ao Suplente,
conforme consta na Ata.)
O Ver. Luiz Braz está
com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. LUIZ BRAZ: Verª Margarete Moraes, presidindo os trabalhos; Srs. Vereadores, Sras
Vereadoras, senhoras e senhores, eu acredito que qualquer ação de despejo seja,
realmente, um ato muito triste de ser presenciado, e, para as pessoas que são
submetidas a esse ato, isso é uma violência que, ao longo do tempo, nós vamos
ter de, alguma forma, sanar, como legisladores, como homens públicos, através,
é claro, de uma política habitacional melhor que possa contemplar as pessoas
que têm menos poder aquisitivo.
Mas é claro que nós,
Ver. João Dib, temos que lamentar, como V. Exª muito bem colocou, tanto as
ações de despejo praticadas contra as pessoas que são ligadas à mesma corrente
ideológica nossa, como também contra as pessoas ligadas a outras correntes
ideológicas. E parece-me, de acordo com o relato de V. Exª, que pregou muito
bem, que aqueles que vieram à tribuna e lamentaram o ato de despejo – e eu
também lamento – não lamentaram o ato de despejo que houve na época dos seus
Governos. E eu acredito que isso nós temos que corrigir dentro de cada um de
nós. Eu acho que temos que nos unir para que esses atos, realmente, sejam
sempre combatidos por todos.
Agora, quando se fala
em posse nova e posse velha, isso significa, Ver. Todeschini, que, quando se
tem uma posse nova, a Justiça pode conceder liminar para retirar aqueles que lá
estão, se invasores forem ou se ilegalmente estiverem ocupando aquele imóvel –
então é menos do que um ano e um dia. Mas, se for uma posse chamada “velha”,
que é mais de um ano e um dia, não significa que não se possa retirar, mas
significa que tem que ser uma ação ordinária normal para que realmente se possa
fazer uma discussão mais longa. E nessa discussão mais longa, Ver. Nereu
D’Avila - V. Exª que é também advogado –, que aí as partes tenham oportunidade
para estar presentes em juízo, para discutir seus direitos em juízo. Mas essa
ação – que é longa – acaba, geralmente, culminando na determinação do despejo,
quando a ocupação é feita de maneira ilegal. Afinal de contas, isso não foi
inventado pela Prefeitura Municipal; isso é uma legislação que existe, e nós, é
claro, temos que lutar para que essa legislação possa até ser modificada. Mas,
para modificar essa legislação, Ver. Nereu D’Avila e Verª Margarete Moraes, que
preside os trabalhos, nós temos, com certeza absoluta, que modificar aqueles
recursos que vão para a área habitacional. Infelizmente, tanto o Governo
passado – e não foi culpa dele – como este Governo não investiram, e os
governos futuros investirão menos do que o necessário em Habitação se não
fizermos uma modificação. Cada vez a Cidade cresce mais, muito embora o IBGE,
muitas vezes, apresente dados que não são os mais confiáveis, na minha opinião,
porque a Cidade ficou parada durante muito tempo, e 1 milhão e 350 mil
habitantes... E eu lembro que a Cidade crescia, crescia, e, quando íamos ler os
dados do IBGE, esses sempre nos informavam que a Cidade tinha 1 milhão e 350
mil habitantes. Agora, nos últimos tempos, é que esses dados cresceram para
perto de um 1 milhão e meio de habitantes. Mas, como a Cidade crescia e os
recursos para a Habitação eram poucos, é claro que nós teríamos, aqui, no meio
dos nossos habitantes, conflitos como esses. Infelizmente esse conflito, ontem,
terminou praticamente em tragédia, que foi relatada aqui pela Verª Margarete
Moraes, de uma forma inicial.
Mas, Verª Margarete
Moraes, eu acho que esta luta tem que ser uma luta de todos nós. Esta luta não
é, na verdade, ideológica, porque todos nós queremos que haja moradia para
todos, que haja dignidade para todos. E eu acredito que não haja um só Vereador
aqui, deste ou daquele Partido, que não queira resolver esse problema
habitacional. Mas todos nós temos, sem demagogia, sem dizer que isso o meu
Partido faz e aquele não faz, temos que lutar juntos para que essa área
habitacional possa receber um pouco mais de recursos e as pessoas que têm menos
posses possam ser atendidas de forma mais digna e tenham direito à Habitação,
para que a área de Assistência Social possa trabalhar de uma forma melhor. Mas
eu acredito que nós estamos ainda um pouco longe de atingirmos esse ideal.
Enquanto isso, nós
vamos assistir, neste Governo ou em outros governos, infelizmente - por causa
do direito à propriedade -, ainda a outras ações de despejo. E volto a dizer
que realmente esse é um fato lamentável que ainda existe aqui, em nossa
sociedade.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTA
(Margarete Moraes): O Ver. Nereu D’Avila
está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. NEREU D’AVILA: Srª
Presidenta, Verª Margarete Moraes; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras,
senhoras e senhores, eu quero me reportar aqui, hoje, a um assunto que está em
destaque na mídia e que tocou a todos nós. Refiro-me a mais uma tragédia, desta
vez em Pelotas, com um cachorro pit bull.
Nos últimos dias, para não falar nos últimos
anos, tem sido recorrente ataques desses cães a pessoas, inclusive, lá em São
Paulo, há poucos dias, veio a falecer uma mulher mordida no pescoço por um pit
bull. Outro dia, aqui em Porto Alegre, num bairro da Zona Norte, um cidadão
deu três tiros no pit bull, porque ele estaria ameaçando o seu filho e
sua esposa. Finalmente, ontem, em Pelotas, no bairro Fragata, um pit bull da
família, tido como carinhoso, atacou uma criança de um ano e seis meses, que
encontra-se na UTI Pediátrica, lá em Pelotas.
Nós temos uma Lei em vigência em Porto Alegre, de autoria
deste Vereador, que nós consideramos moderna, atualizada, mas que,
infelizmente, sendo de 2002, ainda não foi regulamentada. E o prazo para que a
Lei seja regulamentada é de 90 dias.
A nossa Lei proíbe cães de grande porte, com DNA
de periculosidade, de agressividade, tipo pit bull, rotweiller, dog
argentino, dobermann e tantos outros, em aglomerações como o Brique
da Redenção, Marinha do Brasil e outros, sem focinheira e sem enforcador de um
metro e meio. A nossa Lei prescreve o uso do microchip, que, em São
Paulo, já está sendo utilizado, e, aqui, não há nenhuma iniciativa da
Prefeitura.
Então, nós estamos, aqui, para apelar à
Prefeitura para que regulamente esta Lei, porque nós não queremos que, de
repente, haja uma tragédia, um acontecimento que venha atingir a todos nós,
como aconteceu ontem lá em Pelotas.
Nós queremos dizer que a participação desses
cães na vida social é muito contraditória e muito polêmica. Na Inglaterra -
país onde surgiu o pit bull -, essa
raça está proibida; nos Estados Unidos, em cidades como Nova Iorque e Miami,
que têm autonomia, a raça é absolutamente proibida; na França, a raça também é
proibida; no Rio de Janeiro, foi feita uma Lei que prevê a extinção, a
esterilização desse animal. Então, eu
acho que nós temos que refletir sobre isso.
Ontem, eu participei de um debate, juntamente
com o Deputado Cherini, com um criador da raça pit bull, e com um outro cidadão, e foi feita a seguinte pergunta:
“Você é a favor da proibição ou da regulamentação por lei?” Telefonaram 1.475
pessoas. Sabem qual foi o resultado? Dos 1.475 telefonemas, 85% querem a
proibição da raça pit bull no Rio
Grande do Sul, ou em Porto Alegre - não se sabe se os telefonemas foram só de
Porto Alegre.
O comentarista Lasier Martins, que liderou o
programa ontem, referiu esses dados hoje, no Jornal do Almoço, e pediu
providências enérgicas.
A Lei do Deputado Cherini traz avanços nessa área, mas ela
não foi regulamentada e, portanto, está praticamente inócua. No entanto, não
adianta nada a Lei do Deputado, a nossa Lei, se os Poderes Públicos não
fiscalizam. Quem vai ao Brique da Redenção, no domingo, vê, às vezes, pit bull soltos, ou seja, sem coleira e
sem enforcador, fazendo com que as pessoas corram riscos. Aí, quando o dono é
questionado, ele responde: “Ele é mansinho!”
Hoje, no jornal Zero Hora, está a declaração do
dono do pit bull e pai da criança, lá
em Pelotas, dizendo: “Ele era mansinho, ele se deitava ao lado do carrinho da
criança. Só que ontem mordeu a criança na cabeça, a avó acudiu, e o cachorro
saltava querendo novamente morder a criança, subitamente.” Então é uma raça
não-confiável; essa história de “mansinho” é relativa, é mansinho até a hora
que resolve atacar; e o problema do ataque dele é que não é o de um cachorro
pequeno, que pode até proporcionar alguns ferimentos, algum arranhão, mas com
ele não! Ele tem uma mandíbula cuja mordida representa uma tonelada! Então é
realmente um animal perigoso!
Eu quero dizer, abrindo um parêntese, que eu
gosto muito de cachorro, gosto muito de animais, mas muito mesmo, tenho animal
de estimação! Agora, na Inglaterra, que foi a terra natal do pit Bull,
na França, nos Estados Unidos, a metade dos Estados proíbem, e o Rio de
Janeiro, por intermédio de um Deputado do PT, o Sr. Carlos Minc - um
cidadão, um grande Deputado, um Deputado representativo -, fez uma Lei muito
dura, uma Lei que está em vigor no Rio de Janeiro, prescrevendo a
esterilização, a extinção da raça pit bull no Rio de Janeiro. E mais, a
Lei previa que os animais da raça pit bull só poderiam sair à rua da
meia-noite às cinco da manhã acompanhados dos seus donos, para as suas
necessidades, o que realmente era uma crueldade, e a Governadora Rosinha
conseguiu que esses animais saíssem durante o dia, porque aí seria crueldade
com o animal não ver o sol.
Concluo, Sr. Presidente, agradecendo a
tolerância em relação ao tempo, mas deixo a reflexão que estão, cada vez mais,
se avolumando os ataques desses animais. E somos nós, poderes públicos
responsáveis pelas questões públicas, que temos de tomar providências mais
enérgicas!
E, finalmente, apelo ao Governo Municipal para a
regulamentação da nossa Lei. E faço minhas as palavras do Deputado Cherini para
que o Governo Estadual faça a regulamentação da sua Lei, porque as duas Leis
entrelaçam-se e, pelo menos, protegem a nossa população. O resto é fiscalização
e atuação severa dos poderes públicos. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Sr.
Presidente, Ver. Dr. Goulart, está com a palavra em Tempo de Presidente.
O SR. DR. GOULART: Srª Presidenta,
Verª Margarete Moraes; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, sabemos,
pelos noticiários, que o serviço de médico residente encontra-se em greve. E
num primeiro momento nós imaginamos: quem são residentes? São médicos em
formação, portanto são estudantes. E a gente lembra de um aforismo muito usado
na medicina: “médicos jamais se formam, sempre são estudantes”. Conclusão: se
os residentes estão parados, é bem provável que esteja ofendido o serviço de
saúde pública. Por que motivo? Aí nós vamos aos dados: o motivo é que dentro da
Saúde pública, SUS – Sistema Único de Saúde –, 70% do serviço é atendido por
médico residente. E eu vou repetir para não imaginarem que eu possa ter dito
errado: 70% do serviço no SUS é realizado por médico residente. E os médicos
residentes estão parados. Então toca aos médicos de carreira, que não são mais
residentes, atenderem. E tem que trabalhar muito, porque eles são insuficientes
em número, no serviço público, para atender!
Por isso os serviços estão remarcando consultas,
o que é ruim; estão remarcando exames, o que é muito ruim; estão remarcando
cirurgias, o que é absolutamente ruim! E por que isso acontece? Por que motivo
a maioria das situações que são públicas tem que ser ruins? O que é público tem
que ser bom! O que é público tem que ser valorizado! E a medicina maior, que
trabalha no nosso País, é a medicina pública; apenas 25% dos serviços são de
planos de saúde e 5% a 10% são particulares; o resto, tudo, é serviço público.
E a gente sabe que o resultado do serviço público não tem sido bom; o
atendimento público não tem sido bom, a resultante não tem sido boa. Não existe
a eqüidade falada pelo SUS e não existe, principalmente, a integralidade da
ação. Pode haver a primeira consulta, mas não há a segunda, nem a terceira.
Tudo começa mal: leva-se dois anos para chegar numa cirurgia; ou entra-se pela
emergência de tanto esperar, o que é errado, não tem que ser pela emergência,
emergência tem que ser para acidentes, tem que ser para violência, e não
doença. Por que dizer isso? Porque os estudantes - os médicos em formação –
entenderam que não tem que começar ruim o serviço médico no Brasil; tem que
começar bem, com dignidade. Não é possível que um residente não consiga se
sustentar com a sua bolsa e tenha que, de maneira anti-regimental, trabalhar em
dois, três, quatro empregos, para poder se vestir, para poder comprar um livro,
para poder se sustentar. Não pode ser assim. Começa mal o serviço público
médico, começa muito mal! Então, é necessário que os residentes tenham a sua
reivindicação atendida, e aí existem residentes de nível federal, que servem à
União, que servem ao Grupo Hospital Conceição, por exemplo, que servem ao
Hospital de Clínicas; existem outros residentes que servem ao SUS, em hospitais
filantrópicos que são conveniados com o SUS, portanto, ligados um pouco ao
Município; têm residentes no Hospital de Pronto Socorro, portanto, totalmente
Municipal; e têm residentes no Murialdo, que são estaduais, cada um ganhando
diferente, e sempre mal, sempre muito ruim. É preciso que seja unificado tudo
isso, é preciso, Ver. Aldacir Oliboni, que se faça o plano de cargos, carreira
e salários e que tenha como início a carreira de médico residente, que vá fazer
um encaminhamento durante toda a sua vida, ultrapassando degraus, atingindo
objetivos. E quando um médico está para se aposentar, depois de 35 anos de
trabalho, que não ganhe menos do que ganha um médico residente, que já é muito
ruim porque não tem um plano de cargos e salários.
Então, eu digo que o Presidente desta Casa se
solidariza com essa luta, porque é importante que os médicos residentes sejam
valorizados. Mas nós temos um ganho secundário com isso. Qual é? Somente
funcionários que trabalham em um ou dois empregos, e não em oito, podem atender
bem a população. Aqueles que nos procuram, Ver. Oliboni, vêm dizer que estão
mal-atendidos porque os seus funcionários não conseguem lhe dar a atenção que
devem, porque têm que estar em quatro, cinco empregos. Vê lá se médico em
formação tem que estar em quatro e cinco empregos! Não pode!
Então, o que eles pedem: 1 - Reajuste da
bolsa-auxílio, para que torne digno o seu trabalho – uma vez que 70% do
trabalho é feito pela mão do residente -, e sem corte de vagas, porque já estão
pensando, em alguns serviços, em aumentar um pouco a bolsa do residente, mas
cortar vagas dos outros serviços. Não pode, é proibido cortar vagas de saúde, é
proibido fechar leito, é proibido fechar posto de saúde, é proibido fechar
hospital, é proibido cortar vaga de médico.
2 - Condições adequadas de trabalho, ensino e
aprendizado dos médicos residentes, que estão completamente ao deus-dará na sua
formação. Aliás, no serviço público não existe um serviço que esteja cada vez
melhorando mais o desempenho dos funcionários para que cresçam de maneira
administrativa. Não existe isso.
3 - Respeito à carga horária máxima de 60 horas
semanais, nessas incluídas as 24 horas de plantão. Não pode um médico residente
fazer duas, três vezes plantão de 24 horas, trabalhar cem horas, trabalhar 200
horas – eu estou exagerando, mas tem que haver a hipérbole para que os outros
sintam -, para que possa chegar descansado nas suas atividades. Tem residente
acordando às 4h, para começar às 5h e parar às 23h, à 1h da manhã. Isso é
desumano! Isso é desumano! Não pode acontecer!
4 - Valorização do Médico Preceptor de
Residência Médica, ou seja, aqueles que são professores da Residência Médica e
que ganham igual aos que não são preceptores ou menos.
5 - Regulamentação por lei federal de cobrança
facultativa do INSS sobre a bolsa de Residência Médica.
6 - Esclarecimento à população da importância do
papel do médico residente no atendimento à saúde da população.
Então, eu peço que todos os nossos Vereadores se
preocupem com o início da profissão médica. Tem que começar bem para ter um intermediário
bom e para que tenham um final ótimo, e para que os nossos doentes sejam muito
melhor atendidos, por homens descansados, por homens estudiosos, por homens que
sintam dignidade na sua valorização.
O Sr. Aldacir Oliboni: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Presidente, quero lhe agradecer pelo
aparte e, ao mesmo tempo, parabenizá-lo pelo seu pronunciamento, porque o
residente é o médico que soluciona o problema no lugar do professor, vamos
dizer assim. Na grande maioria dos hospitais de Porto Alegre ou até do
Interior, quando se vai a uma emergência e se precisa de um especialista, vem o
residente. O residente dá a solução para o caso. Imagine o senhor o caos que
estará a Cidade se os médicos residentes continuarem em greve. Eu queria
parabenizá-lo e dizer que o médico residente, além de ganhar muito mal, é mal
valorizado, não só na sua área, como também na sua profissão, no seu dia-a-dia.
O SR. DR. GOULART: Muito obrigado,
Ver. Oliboni. Relembro a todas as Lideranças municipais - os Vereadores – para
que, daqui a pouco, quando chegarem em seus gabinetes, liguem para seus
Deputados Federais - e nós todos temos um amigo Federal, ou ajudamos um Federal
a se eleger -, liguem para os Deputados Estaduais, para que a lei de
regulamentação da dignidade da profissão médica, principalmente do médico
residente, seja atendida.
Os nossos Deputados Federais têm que se debruçar
sobre isso, porque a greve tem que parar depois de amanhã; greve com Saúde não
se coaduna. Nós não podemos sofrer imaginando que os médicos estão parados, e
com vontade de trabalhar, pela dignidade de seu trabalho, e que os doentes
estejam aumentando as filas, que já são demais.
Vereadores, falem com os seus Deputados, falem
com os Senadores, nós precisamos, a partir desta semana, ter uma nova luz no
início da profissão médica, uma nova luz para a residência médica, que merece,
pois eles atendem 70% da população.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Passo a
presidência dos trabalhos ao Ver. Dr. Goulart.
(O Ver. Dr. Goulart assume a presidência dos
trabalhos.)
Havendo quórum, passamos à
Antes de passarmos aos trabalhos da Ordem do
Dia, em conformidade com o art. 139 do Regimento Interno da Câmara Municipal de
Porto Alegre, informo que comparecerão a esta Casa a Srª Secretária do
Planejamento Municipal, Rosane Zottis Almeida, e o Sr. Secretário Municipal do
Meio Ambiente, Beto Moesch, na segunda-feira, dia 13 de novembro, às 14h30min,
portanto, logo após a Tribuna Popular, e tratarão do assunto referente à
construção do Teatro da OSPA. Quem nos comunica é a Líder do Governo, Verª
Clênia Maranhão. Este Presidente alerta aos Vereadores que, durante o início
dos nossos trabalhos, teremos essa apreciação, para aprofundarmos a discussão
da votação, que se avizinha, sobre o Projeto.
Em votação o Requerimento de autoria das
Lideranças, para a apreciação das seguintes matérias constantes da Ordem do
Dia: PLCE nº 005/06, PLE nº 18/06, PLCE nº 002/06, PLL nº 151/06, PLL nº
146/06, PR nº 125/05, PLCL nº 020/05, PLCL nº 010/03, PLL nº 179/05, PR nº
111/05, PLL nº 041/06, PR nº 041/05, PR nº 132/05, PLL nº 006/06, PR nº 053/03,
PELO nº 001/06, PLL nº 032/05, PLE nº 001/03, PLL nº 186/06 e o PLE nº 028/06.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA
a ordem discutida pelos Líderes.
Apregoamos a Emenda nº 01 ao PR nº 125/05, de
autoria do Ver. Raul Carrion e da Verª Maria Celeste.
Em votação o Requerimento de autoria dos
Vereadores Raul Carrion e Maria Celeste solicitando votação em destaque da
Emenda nº 01 ao PR nº 125/05 e a dispensa do envio desta Emenda para as
Comissões, para que seja apensada diretamente ao Projeto. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que aprovam o Requerimento permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Apregoamos Requerimento de autoria do Ver. João
Carlos Nedel que solicita votação em destaque ao art. 2º do PR nº 125/05.
Apregoamos Requerimento de autoria da Verª Sofia
Cavedon solicitando que seja incluído na Ordem do Dia, por força do art. 81 da
LOM, o PLL nº 207/06.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr.
Presidente, eu gostaria da interpretação da Mesa sobre o art. 139 do Regimento
Interno, que trata do comparecimento dos Secretários.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Em seguida
começaremos a votação, Excelência, estamos nos socorrendo do Regimento paralelo
e interpretado.
É bem verdade que preciso fazer uma pequena
manifestação antes, que é a graça que pode ter este Presidente de estarmos
sendo assistidos, das galerias, por uma pessoa maravilhosa, que é o meu neto
Gabriel Rossoni Goulart, que ali está, com quatro meses. Fico muito feliz por o
meu netinho Gabriel estar aqui presente, filho do Lucas e da Fernanda.
(Palmas.)
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Eu só aguardo
a manifestação de V. Exª sobre a interpretação do art. 139 do Regimento
Interno.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Excelência, o
art. 139 carece de interpretações mesmo, conforme a magnitude do problema, a
complexidade do problema. Fala sobre (Lê.): “O Secretário Municipal, Diretor de
Autarquia ou de órgão não-subordinado à Secretaria, poderá comparecer à Câmara
Municipal a convite ou espontaneamente para prestar esclarecimentos, após entendimentos
com o Presidente, que marcará dia e hora para recebê-lo, aplicando-se, no que
couber, as normas dos arts. 137 e 138”.
Quando uma situação bastante polêmica é julgada
pela Mesa, então é necessário que se socorra dos arts. 137 e 138 para
normatizar os trabalhos, para se ter uma disciplina e se conseguir o
entendimento da complexidade da situação proposta. Então é importante saber
que, socorrendo-nos do nosso Regimento, coloca-se, no máximo, até dez
Vereadores para se pronunciarem, conforme a ordem de inscrição - semelhante a
nossa Pauta -, a fim de fazerem as considerações sobre o tema. Essa é a
primeira interpretação, se V. Exª ficou satisfeito, está respondido; caso
contrário, continuaremos a conversa.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente,
numa questão de independência e harmonia dos Poderes, o art. 139 é
absolutamente claro: o interessado dirige-se ao Presidente e o Presidente marca
dia e hora. E não o Presidente “recebe um ofício informando dia e hora”. Se não
houve esse acordo, eu tenho a impressão que houve um desrespeito ao
Legislativo.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Está
completamente certa a sua interpretação, nesse caso, tendo sido feito o que foi
feito: um entendimento entre o Presidente e a Líder do Governo, uma vez que o
Presidente, sabendo que vai pedir o art. 81, quer discutir a fundo, neste
momento, para que possamos votar em seguida. Houve um breve entendimento com a
Líder do Governo, que contatou os Secretários, e nós pedimos que fosse logo
após a Tribuna Popular, nos socorrendo da informação que nos deu a nossa
Diretora Legislativa. Está bem, Excelência?
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sou grato a V.
Exª. Não fiquei muito satisfeito, mas eu entendo. Saúde e PAZ!
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Muito obrigado,
V. Exª é um cavalheiro e um grande amigo.
O SR. MARIO FRAGA: Dentro do mesmo
assunto, que foi resolvido, eu só iria pedir para V. Exª, como Presidente, e
como o assunto é de suma importância para nossa Cidade, pois trata do Teatro da
OSPA, que V. Exª fizesse o convite para os dois Secretários, e tudo estaria
resolvido, mas já foi resolvido. Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Está bem, muito
obrigado pela orientação, Excelência.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC.
N. 4249/06 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO N. 005/06, que altera as Leis Complementares nº 07,
de 07 de dezembro de 1973, e 534, de 28 de dezembro de 2005. (IPTU/recurso;
Tribunal Administrativo de Recursos Tributários do Município - TART) Urgência.
Parecer Conjunto:
- da CCJ, CEFOR,
CUTHAB e CEDECONDH. Relator-Geral Ver. Paulo Odone: pela aprovação do
Projeto.
Observações:
-
para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art.
82,
§
1º, I, da LOM;
- incluído na Ordem do
Dia em 01-11-06.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Em discussão o
PLCE nº 005/06. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação nominal, por
solicitação desta Presidência, o PLCE nº 005/06. (Pausa.) (Após a apuração
nominal.) APROVADO por 26 votos SIM.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC.
N. 2909/06 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N. 018/06, que altera a
redação do artigo 2º, “caput”, da Lei Municipal n. 7.765, de 16 de janeiro de
1996, revoga o parágrafo 1º e acrescenta outro ao artigo. (altera
parcelamento/alienação de próprios)
Parecer:
- da CCJ. Relator
Ver. Mario Fraga: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto.
Observações:
-
para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA -
art. 82, § 1º, VIII, da LOM;
- incluído na Ordem do
Dia por força do art. 81 da LOM, em 01-11-06.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Em discussão o
PLE nº 018/06. (Pausa.) O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para
discutir o PLE nº 018/06.
O SR. JOÃO
ANTONIO DIB:
Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, não tenho maiores
restrições à aprovação deste Projeto, mas estranho que ele esteja sendo votado
sob a égide do art. 81, tendo apenas um Parecer.
Este Projeto é de 19 de maio de 2006, e deveria
ser interesse dos responsáveis pelas coisas do Executivo, nesta Casa, que ele
fosse apreciado nas Comissões para ser votado com tranqüilidade.
O que se está pedindo é que se possa vender -
vejam que é até difícil para este Vereador, que está acostumado a lidar com
isso, ler aqui, porque é em cima da hora, deveria ter Pareceres e não tem -,
alterando a forma de pagamento, em até 36 vezes. Realmente é complicado votar
sob a égide do art. 81, que fala sobre a alienação de próprios municipais
mediante licitação, sendo que a venda poderá ser feita à vista ou em até seis
parcelas. Além disso, os valores das avaliações dos imóveis já constaram na
própria lei, sendo que até a data da venda dos mesmos deveriam ser reajustados
pelo IGP-DI. Ocorre que não houve interessados nos diversos certames
realizados, verificando-se que as causas principais eram os valores dos imóveis
e a forma de pagamento. Portanto, envio à Câmara Municipal de Porto Alegre o
presente Projeto, que altera a Lei nº 7.765, de 1996. Na redação proposta,
altera-se a forma de pagamento para 36 parcelas, nos moldes ainda procedeu-se à
revogação do parágrafo... Mas, de qualquer forma, está aumentando a
possibilidade para um maior número de prestações, sem alterar os valores já
aprovados aqui pela Câmara. Acho que é
possível, sim, dar o Sim ao Prefeito.
Peço desculpas, Sr.
Presidente, por ter lido o Processo, mas como ele está sob a égide do artigo nº
81 e só tem o Parecer da Comissão de Justiça, significa que não houve uma
discussão plena na Casa. Mas, de qualquer forma, o Projeto pode ser aprovado,
sim. Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Dr.Goulart): Muito obrigado, Excelência. Um
dos motivos pelo qual convidamos os Secretários a comparecerem a esta Casa para
falar sobre o Teatro da OSPA, é justamente porque o artigo poderia limitar a
nossa discussão, e o aprofundamento seria importante com os Secretários
presentes.
Em votação nominal,
solicitada por esta Presidência, o PLE nº 018/06. (Pausa.) (Após a apuração
nominal.) APROVADO por 27
votos SIM.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC.
N. 3535/06 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO N. 002/06, que altera o
art. 9º da Lei Complementar nº 352, de 08 de agosto de 1995, que dispõe sobre
os membros do Conselho Municipal de Assistência Social.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Paulo Odone: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CEDECONDH.
Relatora Ver.ª Maria Celeste: pela aprovação do Projeto;
- da COSMAM.
Relator Ver. Elias Vidal: pela aprovação do Projeto.
Observações:
-
para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art.
82, § 1º, I, da LOM;
- incluído na Ordem do Dia
em 01-11-06.
O SR. PRESIDENTE
(Dr.Goulart): Em discussão o PLCE n.º 002/06.
(Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação nominal, solicitada pela Mesa,
o PLCE n.º 002/06. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 26 votos SIM.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
N. 3562/06 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 151/06, de autoria do
Ver. Mario Fraga, que concede o título honorífico de Cidadã de Porto Alegre à
Senhora Maria Edi de Moraes Gonzaga (Diza Gonzaga).
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CECE.
Relatora Ver.ª Manuela d'Ávila: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto
favorável de dois terços dos membros da CMPA - art. 82, § 2º, V, da LOM;
- votação nominal nos
termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA;
- incluído na Ordem do
Dia em 01-11-06.
O SR. PRESIDENTE
(Dr.Goulart): Em discussão o PLL n° 151/06. (Pausa.)
Não havendo quem queira discutir, em votação o PLL nº 151/06. (Pausa.) O Ver.
Mario Fraga está com a palavra para encaminhar a votação do PLL nº 151/06.
O SR. MARIO FRAGA: Sr. Presidente,
Dr. Goulart; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, um minuto só de
atenção, para nós encaminharmos o Projeto que veio parar nas minhas mãos, uma
indicação de algumas comunidades e de algumas pessoas que são ligadas à Diza
Gonzaga. Por isso fiz questão de assinar este Projeto e também de encaminhar
esta votação, pois acho relevante o trabalho que é prestado por essa Fundação
que foi criada, infelizmente, por uma tragédia que aconteceu nessa família.
Então, a minha vinda à tribuna para encaminhar este Projeto serve mais, Dr.
Claudio Sebenelo, Dr. Humberto Goulart, como um alerta para todos nós que temos
adolescentes em casa. No meu caso, tenho três adolescentes que saem todos os
finais de semana. Então, venho só encaminhar este Projeto, pois o trabalho que
a Diza e a Fundação Thiago Gonzaga fazem nesta Cidade é muito importante. Mas o
meu encaminhamento, Verª Neuza Canabarro, é mais para este alerta: cuidarmos
cada vez mais dos nossos jovens em casa, cuidarmos dos nossos vizinhos, dos
nossos amigos, porque a noite infelizmente é muito perigosa, e pode acontecer
uma tragédia nas nossas vidas. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Obrigado,
Vereador proponente, Mario Fraga.
O Ver. Claudio Sebenelo está com a palavra para
encaminhar a votação do PLL nº 151/06.
O SR. CLAUDIO SEBENELO: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, venho à tribuna em caráter excepcional, porque está
sendo homenageada uma mulher excepcional. A Fundação Diza Gonzaga é fruto de um
paradoxo, de uma tristeza monumental, de uma dor infinita que se transformou,
aos poucos, numa das mais belas manifestações sociais, se é que na dor pode-se
achar a beleza. Vim à tribuna porque sou autor de uma Lei cujo texto foi
interpretado por quase todas as pessoas que leram como uma questão de segurança
e de trânsito, a chamada Lei dos Motobóis. E ela foi exatamente o resgate, a
vergonha e a tragédia nacional da perda de inúmeras vidas entre 18 e 32 anos de
idade, ceifadas, todas elas, não sem antes, com todas as possibilidades de
prevenção. Ofereço a minha homenagem ao Dr. Pitol, que está na galeria nos
prestigiando; quero dizer que o trabalho dele foi fundamental, costurando
politicamente esta Lei; nós saímos em busca - como esta mulher extraordinária,
Diza Gonzaga - da diminuição desse dado estatístico horrendo, dessa permanente
nuvem funesta que todos os finais de semana enchem os nossos céus de tristeza,
de um cinza-solidão e de um dos piores momentos da nacionalidade. Sessenta mil
pessoas morrem por ano em acidentes de trânsito.
Ontem participei da
reunião do Conselho Municipal dos Transportes, dando explicações das razões da
criação dessa Lei, e nós falamos exaustivamente sobre as estatísticas, sobre as
nossas emergências e sobre a irreversibilidade da morte de um jovem. Isso é
inaceitável.
Vereador Fraga, tenha
o meu abraço, a minha admiração e o meu carinho pela iniciativa, mas
principalmente pela emergência, dentro da nossa sociedade, de uma pessoa
fantástica que conseguiu encontrar na dor infinita a beleza maravilhosa de uma
Fundação.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr.
Goulart): A Verª Mônica Leal está com a palavra para
encaminhar a votação do PLL nº 151/06.
A SRA. MÔNICA LEAL: Sr. Presidente Humberto Goulart, ocupo esta tribuna não só como
Vereadora, como integrante da Bancada do Partido Progressista. Vereador Mario
Fraga, foi muito feliz a sua manifestação, dizendo que todos temos adolescentes
em casa. Falo aqui como mãe, e tenho certeza de que, neste momento, esta
homenagem é justa, é merecida e muito, muito bem recebida pelas mães gaúchas,
porque nós sabemos que, quando nossos filhos saem às noites, dois sentimentos
nos acompanham: medo da violência e o medo da bebida. E esse trabalho que a
Diza faz começou a partir de uma perda, de uma dor, e muito bem ela colocou
essa energia para trabalhar em benefício dos jovens, para trazer a consciência
de que a bebida e a direção não combinam, que podem levar, sim, a uma perda
trágica, e, quando se perde um filho, se destrói uma família.
Quero aqui, em nome
da Bancada do Partido Progressista, dar os parabéns e fazer este registro, que
é com grande alegria que nós vamos, sim, estar juntos neste momento, nesta
entrega merecida à Diza Gonzaga.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Dr.
Goulart): Não havendo mais quem queira encaminhar. (Pausa.)
Em votação o PLL n.º 151/06. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por
30 votos SIM.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
N. 3506/06 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 146/06, de autoria do
Ver. Sebastião Melo, que concede o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre
ao Senhor Milton Chies.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CECE.
Relator Ver. Haroldo de Souza: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto
favorável de dois terços dos membros da CMPA - art. 82, § 2º, V, da LOM;
- votação nominal nos
termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA;
- incluído na Ordem do
Dia em 01-11-06.
O SR. PRESIDENTE (Dr.
Goulart): Em discussão o PLL nº 146/06. (Pausa.) Não
há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO
por 29 votos SIM.
DISCUSSÃO GERAL
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC. N. 5244/05 -
PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 125/05, de autoria da Ver.ª Maria Celeste, que altera a
Resolução n. 1.178, de 16 de julho de 1992, e alterações posteriores, incluindo
art. 139-A e parágrafo único no art. 154, criando critérios para a utilização
da tribuna por ocasião do Grande Expediente e do comparecimento de autoridades.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Ibsen Pinheiro: pela
inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;
- da CEFOR.
Relatora Ver.ª Maristela Meneghetti: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB.
Relator Ver. José Ismael Heinen: pela rejeição do Projeto;
- da CECE. Relator
Ver. Haroldo de Souza: pela aprovação do Projeto;
- da CEDECONDH.
Relator Ver. Raul Carrion: pela aprovação do Projeto;
- da COSMAM.
Relatora Ver.ª Neuza Canabarro:
pela aprovação do Projeto.
Observações:
- discussão geral nos
termos do art. 126, §1º, do Regimento da CMPA;
- incluído na Ordem do
Dia em 04-10-06;
- adiada a discussão por
duas Sessões.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Em discussão, em 1ª Sessão, o PR nº 125/05. (Pausa.) Não há quem
queira discutir.
A SRA. CLÊNIA MARANHÃO (Requerimento): Sr. Presidente, em
concordância com o autor, o Ver. Brasinha, solicitamos que o PLCL nº 020/05
seja o último a ser votado na ordem dos trabalhos do dia de hoje.
O SR. HAROLDO DE SOUZA: Eu só queria
uma informação, porque não entendi, sobre o Projeto nº 020/05, do nobre Ver.
Brasinha, a respeito do horário de funcionamento dos bares.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): É certo,
Excelência.
O SR. HAROLDO DE SOUZA: Mas foi
transferido de novo?
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Não, foi só
colocado no final da lista.
O SR. HAROLDO DE SOUZA: É que eu
gostaria que fosse votado hoje, senão, daqui a pouco, vai terminar o exercício
pendente com assuntos importantes da Cidade, e esse é um; nós estamos
empurrando há muito tempo isso aí. Deveríamos votar hoje de qualquer maneira.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
N. 2559/03 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO N. 010/03, de autoria do Ver. Aldacir Oliboni, que
altera a Lei Complementar n. 434, de 1.º de dezembro de 1999, e alterações
posteriores. (PDDUA/área de interesse recreativo e desportivo) Com Emenda nº
01.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Paulo Odone: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto e da Emenda nº 01;
- da CEFOR.
Relator Ver. João Antonio Dib: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01;
- da CUTHAB.
Relator Ver. José Ismael Heinen: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01;
- da CECE.
Relatora Ver.ª Maristela Maffei: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01;
- da COSMAM. Relatora
Ver.ª Neuza Canabarro: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01.
Observações:
-
para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA -
art. 82, § 1º, I, da LOM;
- incluído na Ordem do Dia em 01-11-06.
O SR. DR. GOULART: Em discussão o
PLCL nº 010/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir.
O SR. SEBASTIÃO MELO: Sr. Presidente,
apenas um esclarecimento. Eu gostaria de pedir ao Ver. Oliboni que pudesse
fazer uma explicação sobre essa questão do Projeto.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): O Ver. Aldacir
Oliboni está com a palavra para discutir o PLCL nº 010/03.
O SR. ALDACIR OLIBONI: Sr. Presidente,
Ver. Dr. Goulart; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, público que
acompanha o Canal 16; Ver. Sebastião Melo, nós percebemos que na nossa Cidade
existem mais de 50 campos de futebol de várzea; nós sabemos que existem muitos
espaços de áreas verdes, que a comunidade acaba não só se apropriando delas,
mas fazendo uso como uma forma de disponibilizá-las à sociedade. Mas, por um
outro lado, há a especulação imobiliária que pode adquirir essas áreas que
estão disponíveis para a população, e, de repente, a população fica aquém da
expectativa de uma necessidade fundamental: que no seu bairro haja um espaço de
lazer, um espaço de recreação. Esse Projeto torna não-edificáveis os campos de
várzea de Porto Alegre. Por isso, nós recebemos aqui e observamos que todas as
Comissões deram Pareceres favoráveis. É de fundamental importância que nós
preservemos o mínimo que temos. Se nós observarmos alguns bairros da Cidade
veremos que eles não têm campos de várzea; deveriam ter, porque, se nós
ocuparmos as crianças e os jovens lá no seu local, na sua residência, no seu
bairro, possivelmente o esporte seria uma alternativa para poder manter não só
o jovem perto de sua casa, mas principalmente para dar a ele a oportunidade de
praticar um esporte. Quantos atletas hoje, grandes atletas do futebol
brasileiro, profissionais, não saíram dos campos de várzea? Por que não, então,
preservarmos esses campos atuais como áreas não-edificáveis? E a Emenda do Ver.
Beto Moesch - e por isso acredito que tenha o parecer favorável do Ver. João
Dib - só desloca se for de interesse público, quando da construção de uma
escola pública. Por isso é de extrema importância que, quando utilizado pelo
Poder Público, no caso de uma obra pública, aí sim, o Poder Público poderá ter
o direito de se utilizar de parte daquela área. Por essa razão é que nós
estamos pedindo o apoio dos nobres Vereadores e Vereadoras, para que nós
possamos garantir que esse Projeto de Lei seja aprovado, para poder manter
esses espaços de extrema importância para os moradores, para os cidadãos e
cidadãs daquele bairro. Nós percebemos hoje que, na orla do Guaíba, nós temos
muitos campos de futebol. Quem garante que, no futuro, esses campos possam
existir ali? Nós temos hoje, em algumas praças da Cidade, campos de futebol de
várzea. Quem nos garante que amanhã ou depois esses campos possam ali existir?
Então, esse Projeto torna não-edificáveis os campos de futebol de várzea. Eu
tenho certeza de que muitos dos Vereadores aqui, ligados ao esporte, inclusive,
estarão conosco nessa caminhada para preservar o mínimo que temos. Precisaríamos
ter outros Projetos para aumentar o número de campos de várzea, porque, por nós
conversarmos com a Secretaria de Esportes, sabemos que são mínimos, são poucos,
não são suficientes os que ainda existem. Esse Projeto de Lei apenas mantém os
que estão hoje em vigor, por isso pedimos o apoio dos nobres Vereadores, dos
nobres Pares. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): O Ver.
Sebastião Melo está com a palavra para discutir o PLCL nº 010/03.
O SR. SEBASTIÃO MELO: Sr. Presidente,
Ver. Dr. Goulart; colegas Vereadores e colegas Vereadoras, o nosso querido
Oliboni tem contribuído muito com a Cidade com bons Projetos, e acho que o
mérito desse Projeto é extraordinário. Mas quero aqui, de forma coletiva,
refletir algumas questões. Vamos lá, Ver. Oliboni.
Primeiro, eu não entendi e não depreendi se é só
em próprios municipais ou não, onde tem campo de várzea – essa á a primeira
dúvida que tenho. Mas vamos imaginar que o Município, Verª Margarete, seja
detentor de uma área que tem um campo de futebol, mas que, numa negociação, por
exemplo, com um empreendedor, este resolva dizer assim: “Vou doar cinco campos
de futebol para poder empreender nessa área”. A pergunta que eu faço é: o que é
melhor para a Cidade? É manter essa área ou ter condições de ter cinco, seis
campos de futebol?
Então, eu queria pedir, Ver. Oliboni - eu ainda
questionei o Ver. Goulart, e quero dizer que ajudarei a construir uma unidade
-, que V. Exª pedisse adiamento para nós votarmos na semana que vem este
Projeto, para que pudéssemos discutir um pouco melhor essa questão e,
evidentemente, votarmos até, quem sabe, unanimemente essa matéria. Eu quero
dizer que tenho dúvida e, na dúvida, pelo carinho e pelo respeito que tenho por
V. Exª, não gostaria de votar contra.
Mas, Verª Clênia, tenho essa dúvida, em
benefício do seu Projeto. Se eu tenho uma determinada área - não interessa o
local na Cidade - que amanhã pode ser fruto de uma negociação para
transformar-se num empreendimento - vamos dar o exemplo do Parque Germânia, que
passou por esta Casa, que foi muito discutido -, a pergunta que faço, e não
tenho essa resposta, é: por essa lei, se tivesse um campo de várzea naquele
local, como ficaria, Ver. Todeschini?
Então, por essa razão ...
(Aparte anti-regimental do Ver. Mario Fraga.)
O SR. SEBASTIÃO MELO: Ver. Mario
Fraga, veja que, naquele caso, o empreendedor doou um parque para a
Cidade, foi a forma de compensação. Então, quero dizer o seguinte: essa
questão, na minha avaliação, merece uma melhor reflexão da Casa, e aqui tem
gente especialista nisso. Eu confesso que, ao ler a ementa da questão,
conversei com a minha Bancada, especialmente com o Ver. Ibsen, e pedi para vir
à tribuna para lançar essas interrogações. Eu não estou dizendo que eu sou contra,
nem que eu sou a favor; eu estou querendo é entender mais, para não cometer o
equívoco de votar uma coisa que, amanhã ou depois, eu possa pensar: “eu poderia
ter mais campos de futebol”, mas eu vou ter uma lei que eu engessei. Porque eu
poderia trocar uma área que hoje é campo de futebol por um empreendimento que,
amanhã, pudesse oferecer outros campos de futebol.
Então, Sr. Presidente, essas são as minhas
preocupações, e evidentemente peço a reflexão do Ver. Oliboni, para que, quem
sabe, ele pudesse, talvez amanhã - não precisava deixar para segunda-feira -,
pedir adiamento e discussão dessa matéria. Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Obrigado,
Excelência.
O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para
discutir o PLCL nº 010/03.
O SR. CARLOS TODESCHINI: Sr. Presidente,
Ver. Dr. Goulart; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras,
demais presentes e assistência da TVCâmara, eu acho que esse Projeto é
altamente meritório, porque entendo a louvável preocupação do Vereador que me
antecedeu dizendo que nós podemos engessar a Cidade e dificultar, portanto, a
possibilidade de termos mais campos de futebol.
A questão é que, enquanto não existe proteção
aos campos de futebol da Cidade, nós vamos perdendo cada vez mais espaço, e
assim vão aumentando os problemas da falta de áreas disponíveis para a
juventude, para a adolescência, para as pessoas de todas as idades realizarem o
esporte mais popular do Brasil, que é o futebol.
E a nossa Cidade é extremamente carente, nós não
temos campos de futebol em demasia, nem de sobra. Nós temos uma carência enorme
de espaços para a prática esportiva, para o lazer, para a ocupação das pessoas,
dos adolescentes e das nossas crianças. Hoje mesmo me ocupei em tratar de um
tema relativo às escolinhas de futebol do Partenon, que utilizavam os espaços
da Brigada Militar e que ninguém sabe explicar por que aquele espaço foi
cortado, foi impedido, e somente no Dia das Crianças o espaço foi aberto para
meninos e meninas poderem realizar suas
brincadeiras e seus jogos de futebol. Na comunidade o campo de futebol se
constitui num santuário de domínio público e é respeitado por todas as pessoas.
Ou alguém já teve notícia, por exemplo, da ocupação de um campo de futebol? A
gente sabe, a gente tem a experiência de que os campos de futebol são
verdadeiros santuários, áreas preservadas e que têm regras que todas as pessoas
respeitam. Ante o agravamento das questões de insegurança, ante o aumento das
questões de violência, eu creio que nós deveríamos, sabiamente, apoiar essa
idéia do Ver. Oliboni, porque nós temos poucos espaços, nós temos pouquíssimos
campos de futebol, e alguns estão situados em áreas absolutamente nobres, que
se prestam à especulação imobiliária.
Nós tivemos
recentemente o caso do Força e Luz, um estádio que foi palco, no passado, de
jogos dos times mais importantes, como da dupla Gre-Nal, e que agora vai se
transformar num empreendimento imobiliário. Assim inúmeros outros campos de
várzea sofrem o mesmo processo de substituição, de constituição do tecido da
Cidade; mas o espaço para o lazer, o espaço para a prática esportiva acaba
sendo reduzido.
Por isso, além de
meritória a discussão levantada pelo Ver. Oliboni, nós devemos, como Câmara,
pensar que isso não é apenas mais um espaço, não é apenas o ambiente e o local
para um jogo, ou uma série de jogos no final de semana ou durante a semana, nos
finais de tarde; mas é, sim, um espaço de fruição do lazer, da cidadania,
espaço tão necessário que vem ao encontro de ações que integram e servem para
afastar, especialmente os adolescentes, do convívio com práticas que devem ser
rejeitadas, como o uso de drogas e outros hábitos e práticas que a gente sabe
que acabam gerando insegurança e violência. E nada mais eficaz, nada mais
eficiente, do que a prática esportiva, e em especial, de novo, o futebol, para
incluir, para criar regras, para que a juventude tenha responsabilidade, e para
que a gente utilize esses espaços na idéia e no conceito de preservação.
A Cidade precisa muito disso, porque a
voracidade e a violência com que o poder do capital traça a dinâmica,
fatalmente, vai acabar restringindo cada vez mais esses importantes e
necessários espaços de todos nós na Cidade. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Obrigado,
Vereador.
Comunico a presença, nas galerias do nosso
plenário, do Vereador recém-empossado pelo PDT, de Palmares do Sul, Ver.
Manoel, conhecido como Ver. Maneca, a quem peço a saudação deste Plenário.
(Palmas.)
O Ver. Carlos Comassetto está com a palavra para
discutir o PLCL nº 010/03.
O SR. CARLOS COMASSETTO: Sr.
Presidente, Ver. Dr. Goulart; colegas Vereadores, Vereadoras, prezados
assistentes das galerias, quero aqui trazer uma contribuição à proposta do
Projeto de Lei do Ver. Aldacir Oliboni, e dizer que o Projeto é extremamente
importante e significativo para a cidade de Porto Alegre, e está inserido, Ver.
Aldacir Oliboni, no contexto geral do nosso Plano Diretor de Desenvolvimento
Urbano e Ambiental.
Portanto, Sr. Presidente, já aproveito essa
oportunidade, novamente, para buscar apoio junto ao Executivo, porque esta Casa
está aguardando o atual Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental, ao
qual nós já deveríamos ter feito a avaliação.
Portanto, essa Emenda que apresenta o Ver.
Aldacir Oliboni, apresentada ainda em 2003, cria mais um item nas Áreas
Especiais, porque o nosso Plano Diretor já trata Áreas Especiais de Interesse
Ambiental, tem toda a sua descrição, trata as Áreas de Proteção ao Ambiente
Natural, trata as Áreas de Interesse Cultural, trata as Áreas Especiais de
Interesse Social – AEIS. E é verdade, há uma lacuna no nosso Plano Diretor
quanto às questões esportivas da Cidade. Apresentar o item criando as Áreas
Especiais de Interesse Recreativo e Desportivo é extremamente significativo,
porque marca no nosso planejamento a lacuna que o nosso Plano Diretor tem, para
que possamos preservar, no Município de Porto Alegre, todos os espaços
existentes onde a gurizada joga futebol, onde as comunidades se reúnem, onde acontece
a vida cultural e esportiva.
Ver. Mario Fraga, que é da área, se não fosse
por isso, não teríamos o melhor jogador do mundo sendo de Porto Alegre, da Vila
Nova, lá da Região Sul, o Ronaldinho. Verª Maristela Maffei, “Ronaldinho
Gaúcho” se criou jogando nos campos de várzea, nos campos das nossa comunidades
lá da Zona Sul.
O Sr. Carlos Todeschini: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Mais precisamente no Campo do Periquito.
O SR. CARLOS COMASSETTO: No Campo do
Periquito. Portanto essa proposta é feita aqui pelo Ver. Aldacir Oliboni, com
um conjunto de outros colegas que trazem contribuição. E aqui já levanto um
questionamento, Ver. João Antonio Dib, sobre a Emenda apresentada pelo Vereador
e atual Secretário Municipal do Meio Ambiente, Beto Moesch, que remete ao
gravame dessas Áreas Especiais de Interesse Recreativo e Desportivo somente
para as áreas públicas municipais. Pois eu acho que não. Eu acho que nós temos
que fazer uma análise. Se for em outras áreas, Ver. Sebastião Melo, inclusive
áreas privadas, mas que há uma relevância para a região e para a comunidade...
Por que nós não as apontarmos, também, para que fiquem gravadas para essa
finalidade? É verdade, temos que construir uma política alternativa de como os
proprietários poderão ser ressarcidos por essas áreas. Mas, se elas têm o
interesse esportivo, recreativo e cultural, para nós, creio que a área tanto
poderá e deverá ser pública quanto privada, porque há muitas áreas privadas que
são campos de futebol de várzea e servem, especificamente, para aquilo ali,
porque estão em zonas alagadiças, próximas às questões ambientais e outras.
Portanto a Emenda que o Ver. Beto Moesch, nosso
atual Secretário do Meio Ambiente, apresenta, colocando que as Áreas Especiais
de Interesse Sociais sejam aquelas consideradas gravadas como Áreas Especiais
de Interesse Institucional, para a construção de parques ou praças públicas com
canchas esportivas - os próprios municipais onde estão localizados, em
condições precárias, os campos de futebol de campo, várzea -, ele está já
definindo que é somente uma categoria que pode ser feita, ou seja, dos próprios
públicos municipais.
Eu trago esse questionamento aqui para que nós
possamos discutir e, na seqüência, construir a melhor alternativa. E acho que a
melhor alternativa não é direcionar o gravame exclusivamente para as áreas
públicas municipais, e sim, definir o conceito, que é genérico para toda a
Cidade. Bom, definido o conceito, nós poderemos agora, Ver. João Antonio Dib -
como tudo indica que virá o Plano Diretor para esta Casa para fazermos a
revisão -, na revisão do Plano Diretor, ter um acordo e gravar todos os campos
de futebol de várzea que nós identificarmos em Porto Alegre e que houver acordo
das comunidades e dos nobres colegas Vereadores e Vereadoras.
Portanto creio que nós temos de acordar aqui uma
sistemática não desvinculada, inclusive, da revisão do Plano Diretor de
Desenvolvimento Urbano e Ambiental, valorizando o trabalho do Ver. Aldacir e do
Ver. Beto Moesch, que apresentam aqui um conteúdo a ser elaborado e discutido.
Portanto a nossa consideração vem enriquecer e qualificar o nosso atual Plano
Diretor, que apresenta essa lacuna. Nas Áreas Especiais de Interesse Cultural,
já existe; Ambiental, já existe; Social já existe; e agora o Desportivo, que
não existe.
Nesse sentido, essa é a afirmativa da proposta
dos colegas que aqui apresentaram. O nosso parabéns ao Ver. Aldacir Oliboni e a
nossa contribuição para o debate. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Informamos que
o Ver. Adeli Sell estará representando a Câmara de Porto Alegre no Grupo de
Trabalho sobre Livre Orientação Sexual, na Secretaria Municipal de Direitos
Humanos, no dia de hoje.
O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para
discutir o PLCL nº 010/03.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente,
Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, algumas coisas interessantes... O
Presidente da República diz que gostaria de ver “o Mercosul da Terra do Fogo
até a Patagônia”. Bem, não tem nada a ver com o Projeto do Ver. Aldacir
Oliboni, ou será que tem? Este Projeto, Aldacir Oliboni, está na Casa há três
anos e meio e não foi votado antes, apesar de ser um Projeto interessante,
porque nós estávamos ameaçados pelo Partido dos Trabalhadores, da sua Administração,
de mandar para a Casa a análise que a Lei obrigava do Plano Diretor. Então,
como nós tínhamos uma Comissão Especial para tratar do Plano Diretor,
encaminhamos o Projeto do Ver. Aldacir Oliboni à Comissão Especial. Eu espero
que agora aquela ameaça se transforme em realidade e o Projeto de Lei que
altera o Plano Diretor, revisa e reavalia o Plano Diretor, venha a esta Casa
para que nós possamos fazer análises muito mais importantes do que essa, que é
importante e vai ser aprovada.
O Sr. Carlos Comassetto: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. João Antonio Dib, contribuindo aqui
com a sua fala e fazendo uma correção sob o nosso ponto de vista político, a
nossa Administração não fez uma ameaça; ela enviou a esta Casa, em 2004, uma
primeira proposta de revisão, que, no início de 2005, foi retirada. Portanto
não foi uma ameaça; foi uma ação concreta de revisão. Quero deixar aqui
registrada essa questão. Talvez não fosse completa como V. Exª desejasse, mas
veio uma proposta de revisão. Muito obrigado.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Nobre Ver.
Carlos Roberto Comassetto, V. Exª pode ter pensado que eles mandaram uma
proposta de alteração do Plano Diretor. Mandaram apenas das Áreas de Interesse
Cultural, para criar problema, e retiraram eles mesmos; não deixaram, não.
Então, na realidade, foi só ameaça, e o que nós precisamos é avaliação da
aplicação do Plano Diretor, está escrito em Lei, e a conseqüente revisão. Isso
não aconteceu, é por isso que o Projeto do nobre e querido Ver. Aldacir Oliboni
não foi votado. Mas hoje ele vai ser votado, vai ser aprovado, e nós vamos ter,
provavelmente, alguns campinhos de futebol a mais, o que é muito importante,
porque, aí, pelo menos, jogando futebol, eles também vão à escola e nunca dirão
que o Mercosul se realizaria da “Terra do Fogo até a Patagônia”. Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Saúdo a
presença, entre nós, do poeta e compositor Nilo Feijó, imortalizado no Trevo de
Ouro, principalmente, com a grande composição Essa Maravilha É de Tirar o
Chapéu.
Um abraço e a saudação deste Plenário.
O Ver. Raul Carrion está com a palavra para
discutir o PLCL nº 010/03.
O SR. RAUL
CARRION:
Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, quero, em primeiro
lugar, parabenizar o Ver. Oliboni pela iniciativa do Projeto. Às vezes, os
Projetos parecem simples, mas tem um importante conteúdo. E qual é a essência
do Projeto? Preservar espaços de lazer, de esporte, de cultura, porque futebol
é cultura também. Campos esportivos são ameaçados diariamente pela especulação
imobiliária, por tecnocratas que consideram que isso é uma coisa secundária, ou
pessoas sedentárias, que não praticam esporte. E muitos desses campos eram
áreas devolutas, áreas verdes, desocupadas, que, atualmente, a expansão da
Cidade vai liquidando. Então, V. Exª cria, dentro do Plano Diretor, um novo
tipo de áreas especiais que são Áreas Especiais de Interesse Recreativo e
Desportivo.
O Ver. Moesch, preocupado com áreas que estejam
gravadas como áreas para escolas ou áreas para equipamentos de saneamento
ambiental, apóia o Projeto e faz uma Emenda excluindo dessa reserva as áreas
gravadas no PDDUA para localização de equipamentos de tratamento de água e
esgoto ou para a construção de escolas públicas.
Nós conversávamos, aqui, e o Ver. Mario Fraga,
atento, disse: “Mas eu acho que, mesmo nessa situação, devem ser preservados os
campos de futebol”.
Então, trocando idéias, combinamos, eu e o Ver.
Mario Fraga, e é uma justa preocupação, de colocar da seguinte forma: só
excluírem as áreas que já estão gravadas, ou seja, quando já está prevista uma
área de tratamento, um equipamento de tratamento, uma escola. Não que
futuramente um Prefeito diga: “Agora vamos colocar uma escola aqui...”, porque
aí vamos buscar outra alternativa. Então, devemos preservar áreas que já
estavam com destino certo, e tal. Eu creio que bastaria, Ver. Mario Fraga,
colocarmos - estamos preparando juntos esta Emenda - a palavra “já”. Para trás
já estava gravado, então tudo bem. Daqui para frente, o Administrador, no caso,
vai ter de encontrar outra alternativa.
Também o Ver. Sebastião apoiou aqui a iniciativa
de V. Exª, mas levantava preocupações de melhor definir alguns conceitos e
fazer um aprimoramento. A Verª Clênia estava junto, e parece-me que V. Exª concordou
de nós fazermos, quem sabe, o adiamento da discussão da matéria por uma Sessão,
para construirmos juntos, pela importância do Projeto, mas, ao mesmo tempo,
compreendendo a importância de que sejam um Projeto e uma Lei, imediatamente,
que resolvam todas as questões que possam ainda não estar bem limadas.
Então, nós queremos parabenizar V. Exª pela
iniciativa e pela disposição de acatar esta construção de algumas Emendas que
aprimorem ainda mais dando um novo Estatuto acerca dessa questão. Discutimos
nesse sentido e vamos fazer a Emenda, junto com o Ver. Mario Fraga. Outros
Vereadores estão construindo algumas outras questões, porque mexer na Lei do
Plano Diretor é sempre algo complexo, precisa de maioria absoluta, então é
importante construir, se não pela unanimidade, pelo menos com uma sólida
maioria. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Obrigado.
O Ver. Mario Fraga está com a palavra para
discutir o PLCL n.º 010/03.
O SR. MARIO FRAGA: Vereador-Presidente,
Dr. Goulart; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, público que nos
assiste no Plenário, público que nos assiste pela TVCâmara, vimos a esta
tribuna para a discussão deste Projeto, que, em especial, para este Vereador, tem grande valia.
O Ver. Aldacir
Oliboni foi muito feliz quando trouxe a esta Casa essa Lei. E quando a matéria
passou pela Comissão de Urbanismo da Casa eu já havia feito uma referência,
Ver. Aldacir Oliboni, à sua brilhante idéia. E aqui, hoje, inclusive como
Vice-Líder do Governo, posso dizer, Ver. Aldacir Oliboni, que quero ficar ao
seu lado cem por cento nesse Projeto, porque talvez V. Exª não tenha a visão de
quanto isso é importante para todos nós que jogamos o futebol de várzea.
Porque, nesta Casa, posso dizer que, se não sou mais, sou tanto quanto alguém
que joga, executa e vive a várzea no futebol de Porto Alegre. Até porque, Ver.
Cassiá Carpes, já estivemos juntos em diversas jornadas, em diversas situações,
só que eu não tive a felicidade de ser profissional como V. Exª, mas também não
tenho ciúmes e o admiro muito pelo trabalho que fez na área profissional, mas
também sei da sua dedicação pelo esporte amador e pela nossa várzea de Porto
Alegre. Então, quero dizer ao Ver. Aldacir Oliboni que esse Projeto vai
representar para nós, da várzea, a não-extinção, que eu vinha sentindo a cada
momento que passava. V. Exª lembra, Ver. Nereu D’Avila, daquele campo aqui na
esquina da Azenha que nós perdemos por um terminal, que depois virou banal, e
hoje não sabemos o aconteceu? Atrás do loteamento Princesa Isabel, hoje, ali
havia um belíssimo campo para as pessoas que eram dessa região central, que não
é o meu caso, sou lá da Zona Sul e do Extremo Sul, pois ainda temos bastante
espaço. Mas, quanto a essa Lei, inclusive a Emenda do Ver. Beto, que é da base
do Governo, eu, teoricamente, não a aceito. Então, estive tratando com o Ver.
Raul Carrion, que tem uma experiência a mais em áreas específicas, para que a
gente possa fazer essa Emenda, e, se houver no Executivo algum Projeto para
essas áreas, que fiquem preservadas; mas, se houver Projetos futuros, nós não
aceitaremos. E eu, inclusive, estou bem disposto a votar contra a Emenda do
Ver. Beto Moesch, mas nós vamos apresentar essa Emenda para que, digamos assim,
não tranquemos alguma coisa que o Executivo possa ter neste momento para alguma
área, mas assim mesmo lutarei para que esta área do
esporte não se perca. Como eu disse aqui, Ver. João Antonio Dib, como eu sou da
várzea, e V. Exª conhece toda a Cidade, eu vou dar como referência a minha
terra, Ver. Nereu D’Avila: Belém Novo. Lá, na beira da praia, no antigo Leblon,
os veranistas do Centro de Porto Alegre, não faz muito tempo, 30 anos atrás,
iam veranear, e nós tínhamos um campinho de futebol na beira da praia, entre o
rio e os eucaliptos. Hoje, infelizmente, esse campo não existe mais. Existe um
elefante branco que foi construído num dos governos, que é uma estação de
tratamento, mas que poderia ser feito, com certeza, em outro lugar. Mas foi
feito ali e terminou com mais uma área de lazer na nossa comunidade. Com esse
Projeto não acontecerá mais isso. Meus parabéns, Ver. Aldacir Oliboni.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr.
Goulart): Obrigado. Registro, também, a presença no nosso
plenário da ex-Vereadora do PDT Isa Marina dos Santos Quadros, de Cachoeirinha,
para quem peço a nossa saudação. (Palmas.) Seja bem-vinda, Vereadora.
Aviso a todos os
Vereadores, pela segunda vez, que também temos o pedido de adiamento de
discussão da matéria, que, em seguida, vou apregoar.
Neste momento, lembro
aos Srs. Vereadores que amanhã, quinta-feira, pela manhã, às 9 horas, nós
teremos uma importante Audiência Pública neste plenário, onde se discutirá
profundamente a permanência ou não das carroças em nosso Município. Então,
estará em discussão, amanhã, o Projeto de Lei do Ver. Sebastião Melo, que será
votado logo em seguida. Portanto convido todos os Vereadores, quem está nos
assistindo no plenário, quem está nos assistindo pelos meios de comunicação e
as instituições interessadas, de um lado, e de outro. Aprofundaremos bastante
esse Projeto, que tem trazido muita polêmica entre nós. Por favor, compareçam a
esse momento cívico.
Pergunto se, uma vez
adiado o Projeto, mantêm-se as inscrições? (Pausa.) As inscrições estão
mantidas.
O Ver. José Ismael Heinen
está com a palavra para discutir o PLCL n.º 010/03.
O SR. ISMAEL HEINEN: Exmo
Sr. Presidente, nobres colegas Vereadoras, Vereadores, público que nos assiste,
imprensa, nobre Ver. Aldacir Oliboni, como relator deste Projeto, registro que,
na Comissão - maioria absoluta da CUTHAB -, estão todos a favor do mérito deste
Projeto relevantíssimo. Sempre pensei que um dia eu pudesse fazer um Projeto
similar e, quando cheguei aqui, encontrei esse de Vossa Excelência. Parabéns,
faz parte da cultura do nosso povo, principalmente do Brasil, a manutenção dos
campos de futebol. E, no que se refere à sua localização, nada melhor do que
seguir o próprio costume da Cidade, pois esse direciona onde é que funcionam
esses campinhos de futebol.
Lendo a história de Pelé, lá na antiguidade eles
jogavam nas ruas porque não havia movimento. Hoje, praticamente isso é
impossível. Então, nossos filhos que gostam de futebol estão quase que
restritos às escolinhas de futebol, principalmente em Porto Alegre. E, quanto à
manutenção desses campos verdes, como nós temos diversos em Porto Alegre -
alguns nós temos visitado -, seria um verdadeiro crime se ali se levantassem
arranha-céus, com exploração. Isso naturalmente vai acontecer no futuro, se nós
não tivermos uma lei que faça com que os campos sejam mantidos. Logicamente que
essa lei tem que vir com uma compensação aos proprietários, isso se nós
pudermos, de repente, colaborar neste Projeto para que ele possa, solidamente,
ser aprovado, e não houver amanhã, ou depois, um embargo judicial. Quanto às
áreas públicas, tudo bem, mas, quanto às áreas privadas, eu acredito que os
proprietários tenham que ter uma compensação pelo seu patrimônio, porque nós
temos diversas maneiras de fazer isso, inclusive áreas de índices construtivos
em troca para esses proprietários, para que essas áreas sejam preservadas. Isso
é investir na saúde dos nossos filhos, é investir no lazer dos nossos filhos, é
investir na educação dos nossos filhos, é investir na segurança dos nossos
filhos. Então, eu quero registrar os meus parabéns, e aprovamos a matéria, como
também já a aprovei como relator. O mérito deste Projeto tem de ser preservado,
e devemos encontrar as soluções necessárias para que ele se viabilize. Muito
obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Registramos a
presença do Vereador do PSB, de Sananduva, Ronei Paulo Oliboni, irmão do nosso
Vereador do PT, Aldacir Oliboni, a quem faço a solicitação da nossa saudação.
(Palmas.) Bem como o Assessor de Imprensa da Câmara Municipal de Rio Grande, o
jornalista Horácio Gomes, a pedido do Ver. Haroldo de Souza.
A Verª Maristela Maffei está com a palavra para
discutir o PLCL n.º 010/03.
A SRA. MARISTELA MAFFEI: Exmo
Presidente, Ver. Dr. Goulart; Srs. Vereadores, Sras
Vereadoras, Srs. Vereadores de todo o nosso pampa gaúcho que prestigiam a nossa
Casa, senhores da imprensa, Ver. Oliboni, além do presente, hoje, da companhia
do seu irmão, que não é do PT, mas é do PSB, quero dizer que é claro que esta
Bancada vai votar favoravelmente. Ainda bem que temos mais uma Sessão,
provavelmente, para discutirmos mais.
O texto baseia-se especificamente em futebol,
mas não discrimina os outros esportes. Fica claro o espaço público para a
prática do futebol e de outros tantos esportes. Acho que teria que ficar mais
especificado quais são esses outros esportes, porque nós não podemos restringir
a prática do esporte apenas à questão do futebol, apesar da sua importância.
Então, acho que temos que caracterizar aqui também outros tipos de esportes,
como tênis, vôlei, e as quadras polivalentes. Com uma Emenda a gente resolve
isso tranqüilamente.
Quero parabenizá-lo pela provocação do que
estamos discutindo aqui, pelo mérito, e que tem todo o apoio da nossa Bancada.
Vamos votar com Vossa Excelência, meu companheiro. Muito obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): O Ver. Cassiá
Carpes está com a palavra para discutir o PLCL n.º 010/03.
O SR. CASSIÁ CARPES: Sr. Presidente,
Ver. Dr. Goulart; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, parece que nós
temos aqui um consenso de que o Projeto é benéfico. Ver. Oliboni, Ver. Mario
Fraga, embora eu não seja da Capital, também sou oriundo da várzea. Foi assim
que eu comecei a minha atividade como atleta, tendo as
oportunidades, pois até no Interior a exploração imobiliária é muito forte, e
na Capital mais ainda.
Mas conversando com o
Ver. Aldacir Oliboni, quero dar um exemplo, porque fiz um campo, como
Secretário, na Timbaúva, dando liberdade para a comunidade para que eles
pudessem, numa parceria, colocar suas goleiras, marcarem... Então vou entrar
com uma Emenda em que a Prefeitura terá que fazer a manutenção. No Campo da
Safira, para vocês terem uma idéia, lá do Jairo, Ver. Mario Fraga, há um olho
d’água no meio do campo, no qual recentemente, como Secretário, mandei fazer
uma drenagem. Isso prova que não basta tu dares a área; tu tens que fazer
parceria com a comunidade, e, em certos aspectos - como a drenagem, que se
torna caro, mas a Prefeitura tem condições com maquinário e equipamentos - podemos
dar uma melhor condição de drenagem, um melhor nivelamento, passando uma
máquina, Ver. Aldacir Oliboni, às vezes até o cercamento.
Portanto, essa área é
muito importante para o esporte ou para uma recreação, mas deve ser preservada
e cuidada pela Prefeitura, por seus órgãos competentes, suas Secretarias, com
parcerias, muitas vezes com a comunidade, que passa a fiscalizar e a exigir do
órgão público e da sua Secretaria a manutenção, o aprimoramento, a melhoria,
para que ali possam ser realizados torneios, competições, festas da comunidade.
Nem todos os campos são somente campos de futebol; são áreas de recreação,
áreas de encontro da comunidade em datas importantes.
Então vejo com a
maior satisfação este Projeto, e tenho a certeza de que vamos apoiá-lo. A única
razão de nós, Ver. Mario Fraga, protelarmos por uma Sessão, é para que possamos
fazer mais essas correções ou adaptar esta bela idéia; eu não tenho dúvida.
O Sr. Mario Fraga: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Obrigado pelo aparte,
só quero parabenizá-lo por seu pronunciamento e também lembrá-lo que o Ver.
Todeschini, na brincadeira, passou aqui e disse: “O campo do Periquito...!”
Olha o quanto representa para nós o campo do Periquito!
O SR. CASSIÁ CARPES: Uma área verde preservada.
O Sr. Mario Fraga: E falando em Campo do Periquito, quero fazer uma referência, pois na
tribuna, às vezes, a gente se empolga: falei tanto da várzea e do tanto que eu
jogo, pois temos o nosso companheiro Ervino Besson que também é um adepto da
várzea. Muito obrigado.
O SR. CASSIÁ CARPES: O Zé do Periquito - lá tem uma placa que foi dada por este Vereador –
era uma pessoa, um cidadão do Bairro que preservou aquela área para a prática
esportiva, fazia torneios, coordenava; era uma pessoa da comunidade. E eu não
tenho dúvidas de que, quando há um tipo atuante na comunidade, isso favorece o
Prefeito, as Secretarias, porque se tem uma referência para se comunicar com a
comunidade: o que está faltando aí? Eu lembro que nesse campo do Vasquinho, ali
da Vila Safira, eu fui lá dar uma olhada e havia um olho d’água; pedi que o
nosso funcionário fosse lá ver o que nós podíamos fazer para drenar aquela
parte, para nivelar e drenar. E, realmente, ficou muito bom.
Então, entendo que o
Projeto é muito bom e nós só vamos acrescentar Emendas que venham melhorar
ainda mais o Projeto. Parabéns, Ver. Oliboni; parabéns a todos, porque este é o
caminho.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr.
Goulart): Obrigado, Ver. Cassiá. Presente também entre nós o
Ver. Juvenil Luís Marcon, PSDB; Ver. Luís Domingos Salvador, PDT; Ver. Osmar
Betiatto, PMDB da Câmara Municipal de Sananduva. Peço a saudação do nosso
Plenário para os nossos colegas Vereadores. (Palmas.)
O Ver. Ervino Besson
está com a palavra para discutir o PLCL n.º 010/03.
O SR. ERVINO BESSON: Estimado Presidente desta Casa, Ver. Humberto Goulart; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, senhoras e senhores que nos
acompanham nas galerias e pelo Canal 16, saúdo a todos. Saúdo também nossos
queridos colegas Vereadores de Sananduva que nos honram com suas presenças
nesta Casa. Esta Casa sente-se honrada em recebê-los e saudamos também pessoas
de outros Municípios que visitam este plenário.
Meu caro Ver.
Oliboni, quero, como esportista, apaixonado pelo futebol amador, dizer que já
fui atleta, mas este tempo passou. Eu acho que os grandes atletas hoje estão
nos campos de futebol de várzea. E nós temos hoje em Porto Alegre poucos campos
de futebol. A Cidade está crescendo e esses locais de lazer – que são os campos
de futebol de várzea – cada dia estão diminuindo mais.
O meu querido Ver.
Mario Fraga conhece e tem um trabalho extraordinário nessa área do futebol
amador, conhece muito e até hoje faz um trabalho excelente junto aos nossos
jovens, ele se pronunciou muito bem aqui, inclusive no seu aparte.
Esse Projeto do Ver.
Aldacir Oliboni chegou oportunamente nesta Casa, porque os locais de lazer para
os nossos jovens são restritos. Nós sabemos que hoje os grandes atletas surgem
dos campos de várzea. É ali que começam aqueles jogos, aquelas brincadeiras,
como nós também já fizemos parte disso, apesar da nossa idade - não é Ver.
Mario Fraga? -, a gente ainda consegue muitas vezes brincar com os nossos
amigos, enfim, são locais de lazer.
É oportuno o Projeto
do Ver. Aldacir Oliboni. Apesar de o Projeto estar restrito somente a áreas
públicas, talvez possamos estudar este Projeto mais profundamente. Por que não
em áreas particulares? Eu, rapidamente, Vereador, tomei nota de alguns campos
de futebol, somente da região da Zona Sul, que existiram e que, de uns anos
para cá, não existem mais. O campo dos leiteiros não existe mais; o campo do
marfim, dos canarinhos, o campo dos eucaliptos, o campo do Simão, o campo do
Tamandaré e outros campos aqui próximos ao BIG, Ver. Mario Fraga. Só aqui são
aproximadamente dez campos de futebol de nossa região que não existem mais. Aí
nós cobramos dos nossos jovens... Nós temos que dar condições também aos nossos
jovens, para que eles tenham uma vida mais digna. Mas, nós temos que colocar
algo nas mãos desses jovens, para que eles tenham o seu momento de lazer. E
qual é o lazer número um para os nossos jovens nos finais de semana? Sábados à
tarde? São os campos de futebol e estes estão cada vez mais restritos. E
aqueles campos que estão em propriedades particulares? Lógico, a pessoa tem que
cobrar para manter aquela estrutura toda. E muitos deles não têm condições de
pagar aquela mensalidade ou alugar um campo para ter seu momento de lazer.
Portanto, é
extremamente oportuno, Ver. Oliboni, o seu Projeto, por isso é importante esta
discussão. Acho que outros Vereadores também vão se manifestar. É bom ouvir as
idéias dos Vereadores. A Cidade quer esse tipo de discussão. A Cidade quer
ouvir dos seus representantes legítimos, que somos nós, Vereadores, o que cada
um de nós pensa a respeito dos campos de futebol e das áreas de
lazer, que estão cada vez mais restritas para o nosso jovem!
Portanto, eu quero parabenizar o Ver. Aldacir
Oliboni por ter trazido este Projeto oportuno, que nos possibilitou abrir esta
discussão. Quem sabe, a partir daqui, surjam outras idéias para que nós
possamos, sim, criar, pelo menos um Projeto em que possamos ampliar essas
áreas, já que existem poucos campos de futebol em Porto Alegre, muito poucos!
Eu sou testemunha disso na própria comunidade, e penso que a maioria dos
Vereadores participa nas comunidades e pode observar que, às vezes, os jovens
têm de trancar uma rua, correndo o risco de sofrerem algum acidente, para
poderem ter alguns momentos de lazer.
Portanto,
quero aqui dizer que é extremamente válido este Projeto e estou vendo que ele
já está aqui há vários anos; mas é oportuna esta discussão, acho que, daqui,
nós poderemos ter novas idéias para que possamos abrir caminhos para que esses
jovens tenham melhores condições e tenham mais locais de lazer. Muito obrigado,
Sr. Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Apregoamos, em
primeiro momento, o Requerimento de adiamento, por uma Sessão, da discussão do
PLCL nº 010/03, formulado por parte do seu autor, o Ver. Aldacir Oliboni.
Em votação o Requerimento do Ver. Aldacir
Oliboni. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados.
(Pausa.) APROVADO.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Apregoamos o
Requerimento solicitando o adiamento, por uma Sessão, da discussão do PLL nº
041/06, de autoria do Ver. Raul Carrion.
Em votação o Requerimento de autoria do Ver. Raul Carrion. (Pausa.)
Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Apregoamos, também, o Requerimento solicitando o adiamento,
por duas Sessões, da discussão do PLL nº 179/05, de autoria da Verª Margarete
Moraes.
Em votação o Requerimento de autoria da Verª Margarete
Moraes. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.)
APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte)
3ª SESSÃO
PROC.
N. 3695/05 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 111/05, de autoria do Ver. João
Antonio Dib, que revoga o § 1º do art. 218 e o art. 227-C da Resolução
n. 1.178, de 16 de julho de 1992, e alterações posteriores (Regimento da Câmara
Municipal de Porto Alegre).
(subsídios/Vereador em cargo no Poder Executivo)
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto (Empatado);
- da CEFOR.
Relatora Ver.ª Maristela Meneghetti: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB.
Relator Ver. Carlos Comassetto: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator
Ver. Haroldo de Souza: pela
aprovação do Projeto;
- da CEDECONDH.
Relator Ver. Raul Carrion: pela
aprovação do Projeto;
- da COSMAM.
Relator Ver. João Carlos Nedel:
pela aprovação do Projeto.
Observações:
- discussão geral nos
termos do art. 126, § 1º, do Regimento da CMPA;
- incluído na Ordem do
Dia em 15-05-06.
VOTAÇÃO
(encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. N. 0103/05 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 041/05, de autoria do Ver. Raul Carrion, que reserva o Salão Glênio Peres, a
Avenida Cultural Clébio Sória, o “T” Cultural Vereadora Tereza Franco, o saguão
do Salão Adel Carvalho, o saguão do Plenário Otávio Rocha e o saguão do Correio
da Câmara Municipal de Porto Alegre, durante a Semana da Consciência Negra,
para a promoção de atividades artístico-culturais relacionadas à etnia negra.
Com Emenda n. 01.
Parecer:
- da CCJ. Relator
Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica ao Projeto
e à Emenda n. 01.
Observações:
- incluído na Ordem do
Dia, por força do art. 81 da LOM, em 05-09-05;
- adiada a votação por uma Sessão.
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Em
votação o PR nº 041/05. (Pausa.)
O SR. MARIO FRAGA (Questão de Ordem): Para
esclarecimento do Plenário: a Mesa Diretora tomou alguma posição sobre este
Projeto? Visto que já fui Diretor desta Casa, eu gostaria de saber se a Mesa
Diretora tomou posição neste Projeto. Ou é um Projeto de autoria do Ver. Raul
Carrion? É só o Ver. Raul Carrion ou é da Mesa Diretora?
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Já informo a
Vossa Excelência.
O SR. MARIO FRAGA: Sr. Presidente,
vamos dar a palavra para o autor do Projeto, então, e depois V. Exª ...
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Então, eu
respondo logo em seguida, porque eu quero ler a Subemenda que minimiza o
problema que V. Exª sente. Primeiro passaremos a palavra ao proponente, que nos
explicará.
O Ver. Raul Carrion está com a palavra para
encaminhar a votação do PR nº 041/05.
O SR. RAUL CARRION: Exmo
Ver. Dr.
Goulart, demais Vereadores e Vereadoras, em primeiro lugar, eu vou dizer o
porquê deste Projeto. Nós estávamos, aqui, não me recordo exatamente o ano que
antecedeu a entrada do Projeto... No ano de 2005, na Semana da Consciência
Negra, e no Dia da Semana da Consciência Negra, na entrega do Troféu Carlos
Santos, a Casa estava superlotada. Estávamos no Salão Glênio Peres e aqui, no
plenário, se realizava uma Sessão Solene em homenagem aos italianos, no dia 20
de novembro, dia de Zumbi dos Palmares. Evidentemente que os italianos merecem
sua homenagem, merecem ter o seu dia. Mas o 20 de novembro é o Dia da Consciência
Negra. Há uma Resolução desta Casa criando a Semana da Consciência Negra,
portanto, existe a Semana da Consciência Negra no Município. A partir daí, nos
demos conta de que, em primeiro lugar, não havia sequer a previsão de uma
Sessão Solene na Semana da Consciência Negra; em segundo lugar, nós observamos
que, durante a Semana, que deveria confluir espaços, homenagens, exposições,
filmes, música, resgatando a contribuição do negro a Porto Alegre, ao Estado do
Rio Grande do Sul, nós tínhamos esses espaços, muitas vezes, pré-agendados por
Vereadores para outras atividades. Eu mesmo, Ver. Elói, que sempre tive algumas
críticas a este Projeto, muitas vezes, agendo, dentro da Semana da Consciência
Negra, até para ter, naquela semana, um espaço para fazer um debate sobre os
lanceiros negros e assim por diante.
Então, nós não só fizemos uma Resolução criando
a Sessão Solene da Consciência Negra, criando a reserva, portanto, deste
plenário, no dia 20 de novembro, para a Consciência Negra, como tivemos a idéia
de propor que esses espaços nobres da Casa ficassem reservados para atividades
planejadas pela comissão que é criada, a cada ano, com a presença de
representantes de todas as Bancadas. Esse foi o Projeto original. Diante da
preocupação, que eu acho legítima, justa, de diversos Vereadores, da Mesa, de
que isso estaria engessando a Casa e excluindo outras alternativas, nós fizemos
uma Emenda que creio que resolveu o problema. Então, vejam bem, vou ler o art.
1º do Projeto (Lê.): “Ficam reservados o Salão Glênio Peres, a Avenida Cultural
Clébio Sória, o “T” Cultural Verª Tereza Franco, o saguão do Salão Adel
Carvalho, o saguão do Plenário Otávio Rocha e o saguão do Correio da Câmara
Municipal de Porto Alegre, durante a Semana da Consciência Negra ...” Para não
ficar tão abrangente, vou ler a Emenda que nós fizemos (Lê.): “A Câmara
Municipal de Porto Alegre disponibilizará espaços próprios para promoção de
atividades artístico-culturais relacionadas à etnia negra durante a Semana da
Consciência Negra”. E quem, na Câmara, disponibilizará é a Mesa. Portanto, a
única coisa que nós estamos colocando, Ver. Dr. Goulart, Ver. Nedel, Ver. Mario
Fraga, Ver. Elói, é que, no início do ano, preveja-se espaços delimitados, para
que, quando haja a Semana da Consciência Negra, esses espaços estejam
reservados, senão, como há, inclusive, uma licitação, Ver. Mario Fraga, de
espaços para exposições artísticas, poderia se chegar no período da Semana e
não haver nenhum espaço para uma exposição de pinturas, para uma exposição de
esculturas ou arte da etnia negra; poderíamos chegar a uma situação em que um
filme, uma peça teatral não teria nenhum espaço reservado. Agora, quais serão
esses espaços e qual a amplitude, isso será uma determinação da Mesa da Casa.
Então eu creio que, através dessa Emenda, nós
conseguimos os dois objetivos: por um lado, dar possibilidade para que a Semana
da Consciência Negra tenha espaços nobres na Casa, previamente determinados
pela Mesa para a sua realização, e, por outro lado, que a Mesa também
considere, por exemplo, o cinqüentenário de tal acontecimento, que coincide com
a Semana. Então, ela delimita os espaços, mas vai evitar, Ver. Elói, que
Vereadores simplesmente reservem, e quando se constitui a comissão, não existam
mais espaços liberados.
Acho que chegamos a uma construção que consegue,
por um lado, responder essa preocupação que nós tínhamos, que nunca foi a
preocupação de engessar a Mesa ou a Presidência; é uma preocupação da
comunidade negra, e, ao mesmo tempo, conseguimos deixar alguns espaços livres à
medida que há outras atividades.
Então, eu creio que com isso nós temos condições
de votar favoravelmente, por unanimidade, às vésperas da Semana da Consciência
Negra. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): O Ver. João
Antonio Dib está com a palavra para encaminhar a votação do PR nº 041/05.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente,
Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, uma lei deve ser clara, precisa e
concisa para que seja respeitada. A propositura do nobre e eminente Ver. Raul
Carrion é clara, é precisa, é concisa, mas não dá para ser respeitada, então, é
preferível que ela seja negada, seja vetada pela Casa, porque o que propõe o
Vereador é a utilização de toda a Casa para a Semana da Consciência, e isso é
absolutamente impossível; os salões e as dependências da Casa devem estar à
disposição de todos os Vereadores.
A Casa tem uma grande preocupação com a Semana
da Consciência Negra, é tão verdade que tem uma comissão de servidores da Casa
que anualmente é nomeada para tratar dos festejos da Semana da Consciência
Negra. Não tem sentido que nós reservemos todas as dependências da Casa para a
Semana da Consciência Negra.
Portanto, é clara, é precisa, é concisa, mas não
dá para ser respeitada, por isso eu encaminho a votação contrariamente, porque
os interesses da Casa do Povo de Porto Alegre não podem ser tolhidos por uma
preocupação do nobre e eminente Ver. Raul Carrion. Portanto, pela rejeição do Projeto. Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Obrigado,
Excelência.
O Ver. Elói Guimarães está com a palavra para
encaminhar a votação do PR nº 041/05.
O SR. ELÓI GUIMARÃES: Ver. Dr.
Goulart, Presidente da Casa; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, nós
ponderamos ao Ver. Raul Carrion que o mesmo estava engessando os espaços da
Casa, nada mais dizendo que privatizando, por assim dizer, os espaços da Casa.
Não está em discussão a consciência negra, absolutamente não; a questão é o
método, a questão que está se discutindo é o método e não a consciência negra.
A Semana da Consciência Negra tem tido, da Casa, ao longo do tempo, todos os
espaços necessários cedidos ao desenvolvimento das suas magníficas atividades,
no sentido de definitivamente espancarmos estas chagas que a sociedade ainda
carrega, como a discriminação, algo inaceitável nos tempos em que vivemos. Mas
não se pode, como método, engessar os espaços da Casa, porque a Casa, pela
força da democracia e pela força da maioria, entrega a Administração da Mesa a
Vereadores. Este ano é o Ver. Dr. Goulart; no ano passado foi este Vereador; no
ano que vem será a Verª Maria Celeste; anteriormente foi a Verª Margarete
Moraes; com uma Mesa que representa a vontade plural da Casa. Não se pode criar
esses mecanismos e esse método, que asfixia a Casa, seja para esta atividade ou
para qualquer outra.
Então, o Ver. Carrion minimiza a questão, e
traz, com a sua Emenda, um dispositivo que, a meu entender, é possível, sim, é
viável, porque ele tem razão quando diz que pode acontecer - não aconteceu, mas
pode acontecer -, exemplificativamente, durante a Semana da Consciência Negra,
de ocuparem os espaços para outras atividades. Isso também não pode acontecer.
Então, quando ele entrega, quando ele aponta, na
sua Emenda, que retifica e coloca a questão de a Mesa reservar espaço, eu acho
que é possível, sim. Aí eu me inclino, Ver. Raul Carrion, a acompanhar a
Emenda. Agora, da forma privativista e engessadora, como V. Exª fez, era
absolutamente inaceitável, porque, por assim dizer, se apropria de determinados
espaços para determinadas atividades. Não se trata de aqui estar discutindo se
é a consciência negra, se é a consciência judia, etc. Não é isso que se está
discutindo. Está-se discutindo o método - e o método é condenável - de
pegarem-se os espaços da Casa e, por assim dizer, taxá-los de
inapropriabilidade por parte da Direção da Casa, do conjunto dos Srs.
Vereadores.
Portanto, fica aqui, Presidente Goulart, a nossa
manifestação para dizer que, com a Emenda, de parte do Vereador, não haverá
nenhum problema em se aprovar o Projeto do Ver. Raul Carrion. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Excelência,
obrigado.
Em votação nominal, solicitada pelo Ver. João
Antonio Dib, o PR nº 041/05. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por
13 votos SIM e 5 votos NÃO.
O Presidente não precisa votar, mas está
presente para o quórum.
Esta Presidência passará a ler a Emenda nº 01 ao
PR nº 041/05, para esclarecimento dos Srs. Vereadores (Lê.): “A Câmara
Municipal de Porto Alegre disponibilizará espaços próprios para a promoção de
atividades artístico-culturais relacionadas à etnia negra, durante a Semana da
Consciência Negra”.
O SR. ERVINO BESSON: Sr. Presidente,
por gentileza, é que havia muito barulho, gostaria que V. Exª lesse, novamente,
o teor da Emenda.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Leio novamente
a Emenda nº 1 (Lê.): “A Câmara Municipal de Porto Alegre disponibilizará
espaços próprios para a promoção de atividades artístico-culturais relacionadas
à etnia negra, durante a Semana da Consciência Negra”.
A Câmara Municipal é a Mesa da Câmara Municipal.
Esclarecido, Vereador?
O SR. ERVINO BESSON: Consta aí a
Mesa da Câmara Municipal?
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Não, a Câmara
Municipal é representada pela sua Mesa Diretora, é uma figura de gramática.
Lembrando que a Câmara é representada
pela sua Mesa Diretora.
Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Ervino
Besson, a Emenda nº 01 ao PR nº 041/05. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADA
por 19 votos SIM, 02 votos NÃO e 01 ABSTENÇÃO.
O SR. HAROLDO DE SOUZA (Questão de Ordem): Sr. Presidente,
aqui não se trabalha só no plenário, mas também nos gabinetes. Eu não soube
como ficou decidido o PLCL nº 020/05, do Brasinha, o negócio dos bares. Nós
vamos empurrar mais uma vez?
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): O Projeto do
Ver. Brasinha está na listagem de votação, no dia de hoje, como o último
Projeto a ser avaliado.
O SR.
HAROLDO DE SOUZA: Obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): O Ver. Mario
Fraga pede verificação de quórum.
O Ver. Haroldo de Souza pede verificação nominal
de quórum.
O SR. HAROLDO DE SOUZA: Eu vou votar
ali, sim, com certeza, vou dar minha presença, porque o meu futebol só começa
no horário de quinze para as dez. Eu quero votar é o Projeto dos bares. Tem
também o problema do fumo. Então, há uma série de problemas na Cidade que nós
não estamos decidindo!
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Estamos em
verificação de quórum, Srs. Vereadores.
(Tumulto no Plenário. Discussão entre o Ver.
Brasinha e o Ver. Haroldo de Souza.)
O SR. HAROLDO DE SOUZA: Vereador
Brasinha, eu tenho a ver com o Projeto que é da Cidade, só isso. Não sei por
que o Brasinha não entendeu. Eu gostaria que entendesse. É um Projeto que
precisa ser discutido e votado, só isso, nada mais do que isso.
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Goulart): Saúdo a presença do Presidente da Câmara de
Passo Fundo, Ver. Valdir Mendes.
Não havendo quórum, estão encerrados os
trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se a Sessão às 18h02min.)
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